PIB europeu só deve recuperar valores de 2019 no próximo ano, diz estudo
O Produto Interno Bruto (PIB) europeu só deverá recuperar os valores pré-pandémicos em 2022, enquanto as economias da China ou dos EUA devem retomar mais cedo, segundo um estudo do Boston Consulting Group.
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Economia Covid-19:
"A recuperação dos valores do PIB de 2019 na Europa só se deve verificar em 2022, enquanto que em países como os EUA ou a China, esta acontecerá de forma mais acelerada", apontou, em comunicado, o grupo de consultoria.
No próximo ano, a China deverá atingir um PIB 13% a 21% superior ao de 2019, exemplificou.
Segundo o 'Navigating the Delta Variant and the Future of Covid-19', durante a pandemia, foram perdidos 245 milhões de postos de trabalho, 40 milhões de crianças não receberam educação pré-escolar e, em alguns países, verificou-se um crescimento de 30% nos casos de violência doméstica.
A isto soma-se o aumento das mortes por sida, tuberculose ou malária, que estavam em queda há uma década.
O estudo concluiu ainda que a vacinação é eficaz, pelo que o "prevalecimento de novas estripes é improvável".
A variante delta está presente e ativa em 130 países, sendo que a sua transmissibilidade é entre 2,5 e três vezes superior à estripe original.
"No mesmo sentido, o período de incubação é menor (entre três e cinco dias na variante delta e cinco a oito dias na variante original) e a resistência face aos anticorpos é três a seis vezes superior à variante alfa", acrescentou, notando que estes dados explicam por que é que cada infetado com a variante delta pode, por sua vez, infetar, em média, seis a sete pessoas, abaixo da média de duas pessoas infetadas por cada pessoa com a variante original.
A consultora notou também que a hospitalização por 100.000 vacinados é 25 vezes menor do que a por 100.000 não vacinados.
Neste sentido, começa a observar-se o regresso ao trabalho, sendo que, em julho, 30% dos empregadores já pediam o certificado de vacinação aos seus colaboradores.
Contudo, o estudo ressalvou que o decurso da pandemia pode depender da antecipação, vincando ser necessário, para "controlar a pandemia e extingui-la em 2022", redistribuir as vacinas para cobrir a população mundial, bem como atingir uma taxa de aceitação da vacina entre 70% e 80%.
Para a realização deste estudo, o grupo recorreu a metodologias de avaliação padrão e a dados públicos e/ou confidenciais disponibilizados pelos clientes.
A Boston Consulting Group salvaguardou que a covid-19 evolui muito rapidamente, pelo que os dados apresentados consideram apenas o momento atual.
A covid-19 provocou pelo menos 4.752.875 mortes em todo o mundo, entre 232,27 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.962 pessoas e foram contabilizados 1.067.775 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
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