É importante assegurar que "o preço que as empresas pagam aos produtores seja cada vez mais elevado, para permitir que os agricultores tenham melhores condições de vida e tenham maior motivação para tratar bem as suas vinhas, e produzir cada vez melhor produto", disse o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Rui Martinho, à margem da visita, hoje, à Estação Vitivinícola da Bairrada, em Anadia.
"Que nos permita melhorar a qualidade e com este processo, projetar a imagem dos vinhos portugueses e dos espumantes em geral", sublinhou.
"Queremos posicionarmo-nos de forma a que, no mercado nacional" e "sobretudo no mercado internacional, possamos tirar partido dessas oportunidades que nos colocam e, com isso, criar valor para as regiões, para as empresas e para os agricultores", explicou.
Rui Martinho referiu que Portugal, nos últimos anos, no que diz respeito aos vinhos portugueses, "tem melhorado extraordinariamente a sua imagem", pois o País tem conseguido "exportar cada vez mais" tem "conseguido criar mais valor".
"Não só exportamos mais" como "aquilo que exportamos é pago a um valor mais elevado, estamos a criar mais valor", destacou.
O secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural adiantou que, no que diz respeito ao espumante, a "exportação não tem o peso que nós gostávamos que tivesse".
Durante a manhã, o governante visitou a Adega Cooperativa de Távora Varosa e durante a tarde a Estação Vitivinícola da Bairrada, em Anadia, no distrito de Aveiro, de onde seguiu para a Adega Cooperativa de Cantanhede (também na região da Bairrada, no distrito de Coimbra).
Ainda de acordo com Rui Martinho, na região de Távora Varosa, cerca de 80% das massas vinícolas do vinho que é certificado, é dirigido ao espumante, por isso a exportação naquela região é "absolutamente decisiva".
Relativamente aos espumantes, Rui Martinho indicou que este "segmento do vinho tem tido um crescimento enorme ao longo dos anos", ou seja, aumentou o consumo de espumante.
O secretário de Estado lembrou a meta dos mil milhões de euros de exportações de vinho até 2023, preconizada pelo Governo, referindo que está "convencido" que será possível atingi-la.
Na visita à Estação Vitivinícola da Bairrada o governante considerou que a sua presença era um "sinal claro" de que será feita alguma coisa no sentido de promover o espumante em Portugal e uma "indicação clara" de que o projeto do centro de investigação de espumantes vai ser concretizado.
"Queremos de facto que seja uma infraestrutura que fique ao serviço do setor e da região e dar-lhe uma utilidade concreta, no sentido de potenciar esse desenvolvimento estratégico", concluiu.
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