O negócio prevê um pedido inicial de 100 dessas aeronaves fabricadas pela Embraer e que serão entregues à Avantto a partir de 2026, segundo um comunicado conjunto divulgado hoje pelas duas empresas brasileiras, que não citou nenhum valor.
O acordo implica a Eve Urban Air Mobility, subsidiária da Embraer dedicada à fabricação de aeronaves elétricas de descolagem horizontal, das quais já recebeu encomendas para 750 unidades em todo o mundo, e a Avantto, empresa líder no Brasil na oferta de aviões e helicópteros para voos privados.
O acordo anunciado prevê o "desenvolvimento de um ecossistema de Mobilidade Aérea Urbana em toda a América Latina", segundo o comunicado.
"A expressiva experiência da Avantto em operações, aliada à sua estratégia de crescimento, converte-a na parceira ideal para a futura expansão da implantação de eVTOL e Eve no Brasil e em toda a América Latina", disse o presidente da Eve, André Stein, citado na nota.
O presidente e fundador da Avantto, Rogério Andrade, afirmou que a empresa já possui uma ampla experiência em oferecer serviços de transporte por helicóptero em áreas urbanas, em viagens de curta distância e sob medida, os quais oferece aos seus clientes 24 horas por dia e sete dias por semana.
"Este conhecimento exclusivo será um dos principais pilares do ecossistema da mobilidade aérea urbana que iremos desenvolver em conjunto", acrescentou.
A subsidiária da terceira maior fabricante de aeronaves do mundo e líder global em aeronaves para voos regionais tem um acordo semelhante com a britânica Bristow Group, que também encomendou 100 unidades da aeronave elétrica de descolagem horizontal e com a qual se comprometeu a desenvolver um certificado de operador aéreo para este tipo de meio de transporte.
A Embraer também recebeu pedidos para os seus "carros voadores" de outras empresas brasileiras, mas em quantidades menores, como a empresa de táxi aéreo Helisul, que encomendou 50 unidades, e a operadora de aviação executiva Flapper, que solicitou 25.
No entanto, a operação futura dessas aeronaves também está nos planos das grandes companhias aéreas brasileiras.
A Gol, segunda maior companhia aérea do Brasil, anunciou no mês passado acordo para a compra de 250 unidades do modelo VA-X4 (Vertical Aerospace) da companhia britânica Avolon, com ais quais pretende montar uma rede de transporte aéreo de passageiros que entrará em operação em meados de 2025.
Em agosto passado, a companhia aérea Azul, terceira maior do Brasil, anunciou um acordo com a fabricante alemã Lilium para a aquisição de 220 aeronaves elétricas de descolagem e pouso horizontal, que começarão a operar em 2025.
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