No âmbito da sessão plenária, que decorre até quinta-feira na cidade francesa de Estrasburgo, os eurodeputados deram -- com 555 votos a favor, 56 contra e 81 abstenções -- o aval final ao nome de Verena Ross, após 'luz verde' na semana passada da comissão parlamentar de Assuntos Económicos e Monetários do PE e como proposto pelo Conselho em meados de setembro.
O regulamento da ESMA estabelece que cabe ao conselho de supervisores daquela autoridade elaborar uma lista restrita de candidatos qualificados para o cargo de presidente e que, com base nisso, "o Conselho adota uma decisão de nomeação do presidente, após confirmação pelo Parlamento Europeu".
Falta agora só esse último passo oficial, já que o Conselho informou o Parlamento de que nomearia Verena Ross se o seu nome tivesse aval dos eurodeputados.
Em meados de setembro, os representantes permanentes dos Estados-membros junto da UE chegaram a "acordo sobre a nomeação de Verena Ross para presidente da ESMA", indicou à agência Lusa na altura fonte da presidência eslovena do Conselho, acrescentando que "não houve discussão e a votação foi secreta".
A presidência do Conselho de Administração da ESMA está num impasse político de meses, desde abril, devido a um bloqueio nas discussões entre os países.
Verena Ross foi, até junho passado e durante 10 anos, diretora executiva da ESMA, após ter desempenhado funções como diretora da Divisão Internacional da Autoridade de Serviços Financeiros do Reino Unido e como membro do comité executivo dessa entidade britânica.
A alemã começou a sua carreira no Banco de Inglaterra, onde trabalhou como economista e depois como supervisora bancária.
Além da especialista em regulação financeira, outro dos nomes apontados era o do italiano Carmine di Noia, tendo-se chegado ainda a falar do nome da antiga ministra portuguesa das Finanças Maria Luís Albuquerque, que porém não constava da lista que chegou ao Conselho.
Criada em 2011 e sediada em Paris, a ESMA é uma das três autoridades que compõem o Sistema Europeu de Supervisão Financeira e tem como missão o reforço e a proteção dos investidores e promover a estabilidade e o bom funcionamento dos mercados financeiros.
É uma autoridade europeia independente, que estabelece um conjunto único de regras para os mercados financeiros da UE garantindo a sua aplicação coerente em toda a União.
É ainda responsável pela coordenação das medidas tomadas pelas autoridades de supervisão dos valores mobiliários e pela adoção de medidas de urgência quando ocorre uma situação de crise.
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