A apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) ficou marcada, entre outras coisas, pela promessa do Governo relativamente às "contas certas" e esta foi a mensagem que o Executivo também passou à Comissão Europeia, no esboço do plano orçamental, que já foi enviado.
"Limitar o crescimento da despesa pública, em particular a que tem caráter permanente, é uma premente preocupação do Ministério das Finanças", pode ler-se no documento, no qual o gabinete do ministro João Leão assegura que o "Governo português reitera o compromisso para com as contas públicas responsáveis".
Na apresentação do OE2022, há uma semana, o ministro de Estado e das Finanças, João Leão, garantiu que a proposta do Governo é "boa" para os portugueses e na "qual todos se podem rever", destacando o impacto na classe média, nos jovens e no investimento. Contudo, o ministro disse que o Governo não abdicará de "contas responsáveis", até porque "sem contas certas não há futuro".
Na proposta do OE2022, o Governo prevê ainda que a economia cresça 4,8% este ano, uma revisão em alta dos 4% previstos no Programa de Estabilidade divulgado em abril.
A equipa das Finanças, liderada por João Leão, referiu que "esta evolução decorre, em larga medida, da aceleração significativa do investimento face a 2021 (mais 2,9 pp), bem como das exportações (mais 1,2 pp), que se espera que registem um crescimento superior ao das importações".
Segundo a proposta de Orçamento, o défice público deverá cair para 4,3% do PIB em 2021, antes de recuar para 3,2% no próximo ano, uma projeção que se mantém inalterada face ao Programa de Estabilidade.
Também o rácio da dívida pública registará uma melhoria em 2021, passando a representar 126,9% do PIB depois de ter atingido um recorde de 133,7% em 2020.
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