A informação foi divulgada pela petrolífera na quinta-feira, que acrescentou que no terceiro trimestre do ano o lucro obtido foi de 31.142 milhões de reais (4.720 milhões de euros), valor que contrastou com as perdas de 1.546 milhões de reais (234 milhões de euros) registadas entre julho e setembro de 2020.
O resultado no terceiro trimestre do ano daquela que é a maior empresa do Brasil superou as expetativas do mercado, que apostava num lucro líquido de 20.000 de reais (3.032 milhões de euros).
No entanto, o lucro líquido do terceiro trimestre caiu 27,3% face ao contabilizado entre abril e junho, quando a empresa obteve lucros de 42.855 milhões de reais (6.500 milhões de euros), diminuição que a companhia atribuiu à variação cambiária sobre a dívida da empresa.
De acordo com o balanço financeiro enviado pela Petrobras ao mercado, o EBITDA (lucros antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) até setembro foi de 171.631 milhões de reais (26.020 milhões de euros), 78,9% superior ao do mesmo período em 2020.
Em relação à faturação, a petrolífera destacou que cresceu 61,6% face à registada nos primeiros nove meses de 2020, atingindo 318.478 milhões de reais (48.284 milhões de euros).
No terceiro trimestre do ano, a receita da Petrobras somou 121.594 milhões de reais (18.434 milhões de euros), 71,9% a mais do que a registada entre junho e setembro do ano passado, enquanto o EBITDA ficou-se pelos 60.744 milhões de reais (9.209 milhões de euros), num aumento de 81,7% face ao período homólogo de 2020.
A estatal atribuiu o bom resultado trimestral ao positivo resultado operacional, que se refletiu no aumento da produção de petróleo e gás natural em 1,2% em relação ao trimestre anterior "mesmo num cenário ainda de restrições pela pandemia".
Também pesaram no bom resultado as vendas de derivados de petróleo no país, que registaram um salto de 10,7% face às registadas entre abril e junho.
No balanço destacou-se ainda que a geração de caixa e a gestão contínua da dívida permitiram à Petrobras atingir no terceiro trimestre, e com um ano de antecedência, o objetivo de reduzir a dívida bruta para menos de 60.000 milhões de dólares (51.347 milhões de euros), o que estava previsto para 2022.
Em 30 de setembro de 2021, a dívida bruta atingiu 59.600 milhões de dólares (51.005 milhões de euros), 25% menor do que a contabilizada final do mesmo mês do ano passado e 6,4% inferior do que em 30 de junho de 2021.
"Alcançamos a nossa meta de endividamento muito antes do planeado e estamos compartilhando parte da riqueza gerada com a sociedade e nossos acionistas através de impostos, dividendos, geração de empregos e investimentos", disse o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, no balanço publicado.
Os resultados positivos alcançados desde o início do ano levaram a empresa a aprovar na quinta-feira o pagamento de um novo adiantamento aos acionistas para o ano de 2021, de 31.800 milhões de reais (de 4.821 milhões de euros), praticamente o mesmo valor dos dividendos que distribuiu em agosto.
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