A meta foi anunciada no âmbito do compromisso H2Zero do WBCSD (World Business Council for Sustainable Development) no sentido de acelerar o desenvolvimento de hidrogénio produzido a partir de fontes limpas, também denominado por "hidrogénio verde".
Num comunicado, a EDP disse que estes projetos se destinam a regiões "onde existe um contexto favorável ao desenvolvimento de projetos de hidrogénio", nomeadamente "bons recursos solares e eólicos, infraestruturas de apoio, proximidade de clientes industriais, ambiente regulatório favorável".
A EDP avançou em fevereiro que tinha 20 projetos de hidrogénio verde em análise e em outubro formalizou um acordo com a Repsol para avaliar oportunidades de investimento em Sines (Portugal), Astúrias e País Basco (Espanha).
Tem também planos para produzir hidrogénio renovável no estado do Ceará (Brasil) a partir do final de 2022.
O plano de investimento da energética portuguesa prevê a reconversão de antigas centrais termoelétricas a carvão em centros de hidrogénio, mas também a criação em novas unidades de produção.
"A EDP, enquanto líder da transição energética, tem clara noção de que o combate às alterações climáticas é urgente e exige ação imediata. É por isso que temos o objetivo de garantir uma produção de energia 100% renovável até 2030 e estamos a dar passos concretos no sentido de apoiar a descarbonização de todos os setores da economia", afirmou o presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell d'Andrade, num comunicado.
Atualmente, 81% da matriz energética da EDP já é de energias renováveis e a meta é chegar aos 100% em 2030.
Decisores políticos e milhares de especialistas e ativistas reúnem-se até sexta-feira na conferência COP26 para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030 e aumentar o financiamento para ajudar países afetados a enfrentar a crise climática.
A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta entre 1,5 e dois graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.
Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU, que estima que ao atual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 ºC.
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