Biden promove plano como solução para inflação e crise logística

O presidente dos EUA, Joe Biden, elogiou hoje o seu plano de investimentos no montante de um bilião (milhão de milhões) de dólares (870 mil milhões de euros) como uma possível solução para a inflação e os estrangulamentos logísticos.

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Lusa
11/11/2021 07:28 ‧ 11/11/2021 por Lusa

Economia

EUA

 

A única condição avançada ao seu plano é a necessidade de os cidadãos dos EUA terem a paciência de esperar pelo início dos trabalhos que o plano vai permitir.

Biden deslocou-se ao porto de Baltimore no início do que parece ser um périplo nacional para apresentar a legislação que o Congresso aprovou na semana passada e que tenciona assinar na segunda-feira.

Declarou que os investimentos vão melhorar o transporte de produtos e fornecimentos do estrangeiro e dento dos EUA, para ajudar a baixar os preços, reduzir escassez e aumentar os empregos sindicalizados.

Esta mensagem está a tornar-se crítica, desde logo quando o governo informou na quarta-feira que o índice de preços no consumidor em outubro aumentou para 6,2%, em termos anuais.

A inflação tem aumentado, em vez de diluir, à medida que a economia reabre depois da pandemia do novo coronavirus, criando um desafio importante para Biden, cujo governo tem dito repetidamente que o aumento de preços é temporário.

Durante um discurso no porto, Biden reconheceu que os preços no consumidor estavam "muito altos".

Detalhando, "tudo, de um galão de combustível ao pão, custa mais", disse. "Continuamos a enfrentar desafios e temos de os resolver".

O aumento dos preços prejudicou os salários e virou o sentimento público contra Biden.

Um dos obstáculos à redução da inflação tem sido o congestionamento dos portos, com barcos à espera para atracar em importantes nós de trânsito, causando escassez e deixando alguns estabelecimentos vazios antes da época das compras de festas de fim de ano.

"Muitas pessoas continuam com problemas com a economia e nós sabemos porquê", disse Biden.

Defendeu que o seu plano de investimentos em infraestruturas era a solução, se bem que precise de tempo para se concretizar.

Melhores infraestruturas -- sejam estradas, pontes, portos ou similares -- proporcionariam mais capacidade e resiliência para a cadeia logística de abastecimentos.

Neste cenário, existem mais capacidade de descarregar navios e transportar os bens, o que, em retorno, reduz a pressão sobre os preços e a escassez.

Biden avançou que os investimentos em infraestruturas permitem a criação de empregos pagos a 45 dólares por hora, cerca de 50% acima da média nacional.

Estes investimentos devem criar ma quantidade empregos na reparação de condutas (oleodutos, gasodutos e aquedutos), pontes e estradas e promoção da energia limpa e segurança informática. E muitos destes empregos não precisam de graus universitários.

"Este é um investimento único em uma geração", realçou.

O presidente considerou o porto de Baltimore como um exemplo sobre como se pode reduzir os estrangulamentos logísticos, que têm estado a prejudicar recuperação económica.

Estas instalações portuárias estão a aumentar a capacidade de descarga de navios e a beneficiar de empréstimos para melhorar o funcionamento de uma ligação ferroviária, em concreto um túnel, que se estreou em 1895. O túnel vai ser alargado para aumentar a capacidade de escoamento dos contentores por via-férrea.

Biden, que se reuniu com os dirigentes da Walmart, Target, FedEx e UPS na terça-feira, enfatizou que estes investimentos são parte de um esforço nacional para aliviar os estrangulamentos nas cadeias de abastecimento de forma a contribuir para o crescimento da economia.

O seu governo também anunciou mais investimentos para reduzir a congestão no porto de Savannah, no Estado da Geórgia, c cerca de um mês depois de ter conseguido um acordo no porto de Los Angeles para que este funcionasse ininterruptamente.

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