O coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Sebastião Santana, defende que a greve da função pública se justifica apesar do chumbo do orçamento, até porque "ainda há muito por cumprir" do OE de 2021.
"A prova de que as reivindicações são justas é a adesão que estamos a recolher até agora", afirmou em declarações à SIC, junto ao Hospital de S. José, em Lisboa, onde esta sexta-feira só se devem efetuar cirurgias urgentes.
"O Orçamento do Estado que está em vigor acaba a 31 de dezembro e ainda há muito por cumprir, como a contagem do tempo de serviço", apontou. "Há uma quantidade de medidas que o Governo pode e deve resolver. A prova disso é que estamos numa mesa negocial que de negocial só tem o nome porque o Governo se recusa a responder a qualquer reivindicação dos trabalhadores."
O sindicalista adianta que as reivindicações de aumento dos salários, valorização das carreiras e fim da precariedade na Administração Pública "são justas e oportunas", contrariando a ideia de que é inútil agendar uma greve com eleições à porta.
Sebastião Santana refere ainda que os turnos da noite estiveram a trabalhar com serviços mínimos e que o mesmo está a acontecer no período da manhã.
Para o coordenador da Frente Comum, a questão dos salários deve já influenciar a planificação do próximo orçamento.
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