O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse esta sexta-feira não ter conhecimento de recomendações por parte dos peritos que justifiquem restrições "muito severas" às atividades económicas ou o regresso de medidas como o encerramento dessas mesmas atividades.
"Não tenho conhecimento de nenhuma recomendação, por parte dos peritos, no sentido de que em Portugal se justifiquem restrições muito severas às atividades económicas ou o regresso de medidas como o encerramento dessas atividades. Aquilo que sabemos é que dispomos de maior proteção por via do sucesso da vacinação", disse o ministro da Economia, em declarações aos jornalistas, em Lamego. "Temos condições de acautelar um crescimento dos casos, precisamente com menos impacto do que países com menos vacinação podem fazer", concluiu.
As declarações de Pedro Siza Vieira surgem no dia em que especialistas de várias áreas da saúde e políticos voltam a reunir-se para avaliar a evolução da pandemia da Covid-19, numa altura em que se regista um aumento de infeções em Portugal e na Europa.
"Não, não vou antecipar nada. Usar máscara, manter as regras de proteção relativamente a doenças respiratórias, seja Covid, gripe ou a vulgar constipação, é uma boa prática. Estamos a entrar numa época que é propícia a que se multipliquem as doenças respiratórias e portanto é uma preocupação elementar. Logo veremos o que resulta da reunião do Infarmed", disse Pedro Siza Vieira.
Sobre a situação atual do setor do turismo, tema que motivou a visita do ministro a Lamego, no distrito de Viseu, Pedro Siza Vieira diz que estão a ser meses "extraordinários".
"Setembro, outubro e novembro estão a ser meses extraordinários para o turismo em praticamente todo o país, incluindo aqui na região do Douro, onde as taxas de ocupação em outubro foram as mais altas de sempre. Estamos a recuperar visitação por parte de turistas internacionais", disse o ministro da Economia. "É muito boa notícia vermos isso", acrescentou.
"Um dos fatores que leva os turistas a virem mais a Portugal do que a outros destinos é, precisamente, a sensação de que este é um país seguro do ponto de vista sanitário", disse ainda. "A mensagem que procuramos transmitir é que a comunidade portuguesa, o Estado português, adotará sempre as medidas que com o mínimo de perturbação para a nossa vida coletiva assegurem o máximo de proteção do ponto de vista da doença. Julgo que os turistas reconhecem isso e continuam a vir", sublinhou o governante.
A reunião de hoje, na sede do Infarmed, em Lisboa, foi convocada pelo primeiro-ministro, António Costa, que já avançou não antever a necessidade de adotar medidas de controlo da pandemia que impliquem um novo Estado de Emergência.
[Notícia atualizada às 11h46]
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