"Vamo-nos manifestar contra a austeridade e contra o Orçamento de Estado para 2022, que não vai resolver os problemas sociais", afirmou à Lusa o vice-secretário-geral da UNTG, Yasser Turé.
Inicialmente marcado para quarta-feira, o protesto acabou por ser adiado para hoje devido às celebrações do dia das Forças Armadas e da independência, que se assinalaram na terça-feira.
"Queremos um Orçamento de Estado que resolva os problemas sociais", disse, salientando que o próximo Orçamento de Estado mantém a austeridade e vai ser "outro ano de paralisia".
Yasser Turé disse que os trabalhadores querem também a reforma da Função Pública, porque é ali que reside o problema.
"Só com a reforma podemos diminuir o défice orçamental. A reforma vai permitir fazer mais poupança e aumentar o salário mínimo", salientou.
Atualmente, o salário mínimo na Guiné-Bissau é de 50.000 francos cfa (cerca de 75 euros) e a UNTG, principal central sindical do país, tem reivindicado um aumento para 100.000 francos cfa (cerca de 150 euros).
O protesto já foi autorizado pela Câmara Municipal de Bissau, mas, segundo o dirigente sindical, o Ministério do Interior voltou a rejeitar a receção da informação da realização da manifestação.
A central sindical tem convocado, desde dezembro de 2020, ondas de greves gerais na função pública.
Os trabalhadores exigem do Governo, entre outras reivindicações, a exoneração de funcionários contratados sem concurso público, melhoria de condições laborais e o aumento do salário mínimo.
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