"As novas medidas exigem que haja alguma clarificação relativamente à sua aplicação e aos setores de atividade aos quais" são dirigidas, salientou, em declarações à Lusa.
Acerca do teletrabalho "é preciso perceber de que forma e em que setores será aplicado", referiu, apontando que a escola só vai começar "a partir de 10 de janeiro e quem tiver filhos mais novos terá de tomar conta deles".
"Temos ainda a questão do impacto emocional", referiu, sublinhando que havia uma sensação "de que teríamos ultrapassado isto e afinal temos aqui um desafio pela frente".
"Vamos ainda ver o impacto que isto terá no comportamento dos consumidores, no Natal, nas compras, na predisposição das pessoas para viver este período de festa. E no facto de não podermos ter uma passagem de ano em condições normais", destacou o líder associativo.
Luís Miguel Ribeiro recordou ainda que está em processo de montagem a feira EMAF, na Exponor, de máquinas, equipamentos e robótica, que contava com um cenário, mas agora terá de ter "ajustamentos".
"Percebo que estamos a acautelar uma situação, tendo em conta o que aconteceu no ano passado", reconheceu, mas salientou que "é sempre motivo de preocupação acrescida".
O teletrabalho volta a ser recomendado e será obrigatório entre 02 e 09 de janeiro, semana de contenção de contactos após as festividades do Natal e do fim do ano, anunciou hoje o Governo.
"Sempre que possível, o teletrabalho é recomendável para evitar excesso de contactos que permitam agravar a situação de pandemia", disse o primeiro-ministro, António Costa, no final da reunião do Conselho de Ministros que aprovou medidas para conter a pandemia de covid-19.
O Conselho de Ministros decidiu ainda que o teletrabalho vai ser obrigatório entre 02 e 09 de janeiro, semana de contenção de contactos.
Alem disso, o certificado digital covid-19 volta a ser obrigatório no acesso a restaurantes, estabelecimentos turísticos e alojamento local a partir de 01 de dezembro e "os testes [à covid-19] passam a ser obrigatórios para qualquer entrada em território nacional, seja qual for o ponto de origem e seja qual for a nacionalidade do passageiro", disse o primeiro-ministro.
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