"Começávamos a ficar animados em relação à recuperação da economia e ao regresso dos negócios, mas estas novas restrições deram uma machadada" no setor, disse à Lusa o presidente do pelouro do Turismo da CTA, Abdula Momade.
Momade avançou que muitos investidores já tinham retomado viagens de negócios para Moçambique e tantos outros tinham agendado fazê-lo nos próximos meses, na sequência da melhoria das condições de segurança no centro e norte do país e com a projetada chegada da plataforma flutuante que vai produzir gás natural na bacia do Rovuma, mas pode verificar-se um "retrocesso catastrófico".
"O turismo de lazer e o turismo de negócios tinham a esperança de sair dos escombros para onde foram atirados pelas várias vagas de covid-19 que afetaram Moçambique e o mundo, mas a incerteza volta com estas notícias", assinalou.
Momade frisou que entre os países que decretaram a proibição de viagens para a África Austral, incluindo Moçambique, estão grandes investidores, que terão a sua atividade afetada.
Se a proibição de viagens internacionais continuar, prosseguiu, a expetativa de criação de negócios e de emprego será gorada, levando ao "desespero dos empresários, dos trabalhadores e das famílias".
Vários países, incluindo Portugal, suspenderam voos com Moçambique, na sequência da descoberta da variante Ómicron do coronavírus na vizinha África do Sul, mas em que haja casos detetados em Moçambique.
Leia Também: Suspensos a partir de hoje voos de e para Moçambique devido à Ómicron