Delegação argentina vai reunir-se com FMI sobre a dívida

Uma delegação do Ministério da Economia e do Banco Central da Argentina deslocar-se-á a Washington no sábado para continuar as negociações com o FMI sobre a dívida de 44 mil milhões de dólares do país ao organismo.

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Lusa
03/12/2021 01:57 ‧ 03/12/2021 por Lusa

Economia

Argentina

"Estas reuniões estão a ser realizadas no âmbito de uma negociação, para continuar a trabalhar para um acordo, que todos esperamos que seja alcançado em breve", disse na quinta-feira a porta-voz presidencial argentina Gabriela Cerruti.

A delegação argentina reunir-se-á a partir deste fim de semana com uma equipa do Fundo Monetário Internacional liderada por Julie Kozack, vice-diretora do Departamento do Hemisfério Ocidental, e Luis Cubeddu, chefe de missão da Argentina, "para aprofundar as discussões técnicas para um programa (económico) apoiado pelo FMI", disse uma porta-voz do Fundo.

Em declarações a um grupo de industriais, o Presidente argentino, Alberto Fernandez, disse quinta-feira que tinham sido feitos progressos nas conversações com o FMI.

"Estamos a fazer progressos na construção de acordos com o FMI, a fim de chegar a um acordo nesta base", disse o presidente.

O Governo de centro-esquerda de Alberto Fernandez está em negociações com o FMI há dois anos sobre o pagamento da sua dívida de 44 mil milhões de dólares, contraída em 2018 sob o Governo do ex-presidente de centro-direita Mauricio Macri.

O país pagou uma prestação de 1,9 mil milhões de dólares em setembro, e outra de 1,9 mil milhões de dólares deve ser paga a 18 de Dezembro, que o Governo disse novamente esta semana que pretende pagar.

Mas entre o pagamento do capital e dos juros, a Argentina enfrentará a priori vencimentos insustentáveis de 19,3 mil milhões de dólares em 2022 e 19,5 mil milhões em 2023.

Neste contexto, o Governo está a procurar facilidades de pagamento em troca de reformas económicas que seriam aprovadas pelo FMI. O Governo deverá apresentar um programa económico plurianual ao Parlamento em Dezembro, que incorporará acordos acordados nos últimos dois anos de discussões com o Fundo.

Leia Também: Riscos no setor imobiliário da China? "Podem ser contidos", afirma FMI

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