O Governo está a ponderar alargar o número de testes grátis à Covid-19 que cada indivíduo pode fazer, por mês, no âmbito do regime de comparticipação do Estado. A informação foi adiantada, esta sexta-feira, pela ministra da Saúde, Marta Temido.
"Será um alargamento que será possível e equacionável no contexto que estamos a observar e a acompanhar no início da semana que vem", disse a ministra da Saúde, em resposta a uma questão dos jornalistas sobre quando é que a medida pode entrar em vigor.
Atualmente, recorde-se, a comparticipação está limitada a um máximo de quatro testes por mês e por utente.
O número de farmácias que realizam testes comparticipados à Covid-19 subiu desde o início do mês de 630 para mais de 900, tendo sido alcançado na sexta-feira o máximo diário de despistes, cerca de 73 mil.
Os TRAg de uso profissional são gratuitos não apenas em farmácias, mas também em 438 laboratórios de patologia clínica e análises clínicas que aderiram a este regime excecional de comparticipação, de acordo com listagem de hoje da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).
O Governo voltou a comparticipar a realização de testes TRAg, uma medida que abrange toda a população e que se estende até 31 de dezembro, prazo que pode ser prorrogado, ao abrigo do regime excecional e temporário de comparticipação.
O regime excecional e temporário tinha cessado em outubro, tendo em conta que Portugal estava próximo de atingir os 85% da população totalmente vacinada contra a Covid-19, mas o ministério decidiu reativá-lo devido à atual situação epidemiológica, com o aumento de casos de Covid-19 e dos internamentos.
No acesso a lares e nas visitas a utentes em estabelecimentos de saúde e em grandes eventos culturais ou desportivos e discotecas passou a ser exigida a apresentação de teste de deteção do vírus SARS-CoV-2 com resultado negativo, uma medida que se aplica mesmo a pessoas vacinadas contra a Covid-19.
[Notícia atualizada às 11h40]
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