Défice melhora em 2.219 milhões até novembro e atinge 6.652 milhões

O défice orçamental melhorou em 2.219 milhões de euros (ME) até novembro, totalizando 6.652 ME em contabilidade pública, avançou hoje o Ministério das Finanças em comunicado.

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Notícias ao Minuto
28/12/2021 17:25 ‧ 28/12/2021 por Notícias ao Minuto

Economia

OE2021

"O défice das Administrações Públicas atingiu 6.652 ME até novembro em contabilidade pública, um desagravamento de 2.219 ME explicado pelo crescimento da receita (8,6%) superior ao da despesa (5,0%)", pode ler-se no comunicado do gabinete do ministro João Leão, que antecipa a Síntese da Execução Orçamental, que será divulgada hoje pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).

De acordo com o comunicado, a despesa primária aumentou 6,2% até novembro "em resultado das medidas extraordinárias de apoio à economia e do forte crescimento da despesa no Serviço Nacional de Saúde (SNS)".

A despesa com medidas extraordinárias de apoio à economia ultrapassou em mais de 80% o valor executado no período homólogo, tendo atingido 6.233 ME, incluindo o empréstimo à TAP e as transferências extraordinárias para as empresas de transporte público, segundo a mesma fonte.

Até novembro, os apoios concedidos pela Segurança Social ascenderam a 1.815 ME, "mais de 1.000 ME acima do valor orçamentado para 2021 (776 ME), destacando-se os apoios ao emprego (900 ME), os apoios extraordinários ao rendimento dos trabalhadores (463 ME) e os subsídios por doença e isolamento profilático (180 ME)", pode ler-se no comunicado.

Já os apoios às empresas a fundo perdido para suportar custos com trabalhadores e custos fixos totalizaram 2.327 ME, mais de 65% a execução de todo o ano de 2020 (1.409 ME), acrescenta o gabinete de João Leão.

Nos apoios às empresas, o ministério destaca o apoio extraordinário à retoma progressiva de atividade, com uma despesa de 533 ME, e o 'lay-off' simplificado, com 368 ME.

Ainda no âmbito das medidas de apoio aos custos com trabalhadores, o incentivo extraordinário à normalização da atividade empresarial atingiu os 356 ME, indica o gabinete.

Segundo o documento, os apoios aos custos fixos das empresas no âmbito do Programa Apoiar ascenderam a 1.070 ME, "sete vezes superior à despesa realizada durante todo o ano de 2020 (143 ME)".

As Finanças estimam que "as medidas de apoio do lado da receita tenham ascendido a 519 ME para apoio às empresas através do alívio de tesouraria e diferimento de pagamento de impostos".

A "receita fiscal e contributiva ajustada cresce 4,8% acompanhando a retoma da atividade económica", sublinha o ministério.

No comunicado, o gabinete de João Leão avança que a receita fiscal cresceu 5,1% (3,9% quando ajustada de efeitos extraordinários, tais como os diferimentos originados pelos planos prestacionais).

Já as contribuições para a Segurança Social (ajustadas dos planos prestacionais) cresceram 6,6%, um aumento "explicado pela evolução favorável do mercado de trabalho, reflexo da eficácia das medidas de apoio e pelo facto de o 'lay-off' ter suportado na íntegra os salários em 2021 (o que não sucedeu em 2020)", sublinham as Finanças.

O ministério destaca ainda "o significativo acréscimo da restante receita (23,3%) em grande medida associado à antecipação de verbas no âmbito do instrumento de Assistência da Recuperação para a Coesão e os Territórios da Europa (REACT EU) e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)".

De acordo com o gabinete, o crescimento de 6,2% da despesa primária é explicado com o SNS e o investimento público.

"A despesa do SNS registou um aumento muito elevado de 855 ME face a igual período do ano passado (+8,3%)" e considerando ainda a despesa da Direção-Geral de Saúde, que incorpora o "forte investimento na aquisição de vacinas", a despesa cresceu 10%, mais de 1.040 ME face ao período homólogo, indica.

O Ministério das Finanças estima que no conjunto do ano de 2021 "o aumento da despesa do SNS financiada por impostos venha a atingir um valor de 900 ME, o que corresponde a um acréscimo de 3.300 ME face a 2015".

"Este acentuado crescimento das despesas do SNS deve-se ao acréscimo muito elevado das despesas com pessoal (8,5%) em resultado do reforço do número de profissionais de saúde e em aquisição de bens e serviços (+ 10,1%)", acrescentam as Finanças.

Segundo o documento, o número de efetivos no SNS cresceu em 3.861 trabalhadores em novembro (+2,7%) face ao mês homólogo, com mais 674 médicos (+2,3%) e mais 1.205 enfermeiros (+2,5%).

Por sua vez, continua o ministério, o investimento público da Administração Central e Segurança Social subiu 23,2%, excluindo pagamentos das PPP (Parcerias Público Privadas) e adiantamentos realizados no âmbito do programa de aquisição de aeronaves KC-390, refletindo o impacto do Projeto de Universalização da Escola Digital, a expansão das redes de metropolitano e o plano de investimentos Ferrovia 2020.

As despesas com pessoal aumentaram 4,6% nas administrações públicas, refletindo as contratações de pessoal e os encargos com valorizações remuneratórias, nomeadamente nas progressões, com as Finanças a realçarem "o forte contributo do SNS".

Leia Também: OE2021: DGO divulga hoje execução orçamental até novembro

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