Execução orçamental: Défice melhorou 2.862 milhões em 2021
Em 2021, o défice das Administrações Públicas desceu para 8.794 milhões de euros. O Ministério das Finanças adianta ainda que a evolução do saldo em contabilidade pública "permite antecipar que o défice em contas nacionais em 2021 deverá ficar significativamente melhor face a 2020 (5,8%) e abaixo do limite estabelecido para 2021 (4,3%)".
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Economia Contas nacionais
Em 2021, o défice das Administrações Públicas em contabilidade pública melhorou 2.862 milhões de euros face ao ano anterior para 8.794 milhões de euros, divulgou o Ministério das Finanças, esta quinta-feira.
"Esta melhoria é explicada pelo aumento da receita de 9,3% superior ao crescimento da despesa de 5,2%", indica o gabinete do ministro das Finanças, João Leão, no comunicado que habitualmente antecede a execução orçamental da Direção-Geral do Orçamento (DGO).
As Finanças explicam que a "significativa melhoria da receita resulta da forte recuperação da economia e em particular do emprego".
Por outro lado, o "crescimento da despesa resulta do impacto das medidas extraordinárias de apoio à economia e do forte crescimento da despesa no Serviço Nacional de Saúde (SNS)".
Segundo os dados do Executivo, os apoios extraordinários concedidos pela Segurança Social ascenderam a 1.919 milhões de euros, "superiores em mais de 1.100 milhões de euros face ao valor orçamentado para 2021 (776 milhões de euros)".
As Finanças destacam os apoios ao emprego (916 milhões de euros), os apoios extraordinários ao rendimento dos trabalhadores (488 milhões de euros) e os subsídios por doença e isolamento profilático (190 milhões de euros).
Destaque também para a receita fiscal, que cresceu 5,6%, e as contribuições para a Segurança Social, que aumentaram 8% "em resultado da evolução favorável do mercado de trabalho - que reflete a eficácia das medidas de apoio - e pelo facto do lay-off ter suportado na íntegra os salários em 2021 (o que não sucedeu em 2020)".
Os dados do Governo revelam ainda que, em 2021, a despesa do SNS registou um acréscimo de 7% face 2020, o que representa um aumento de mais de 800 milhões de euros. "Se considerada ainda a despesa da Direção-Geral da Saúde (onde se encontra a componente de aquisição de vacinas) a despesa cresceu 8,8%, mais de 1000 milhões de euros face a 2020", pode ainda ler-se.
Finanças confiam: Défice deverá ficar abaixo das previsões
O gabinete do ministro das Finanças adianta ainda que a evolução do saldo em contabilidade pública "permite antecipar que o défice em contas nacionais em 2021 deverá ficar significativamente melhor face a 2020 (5,8%) e abaixo do limite estabelecido para 2021 (4,3%), cumprindo-se assim, pelo sexto ano consecutivo, as metas orçamentais".
[Notícia atualizada às 15h44]
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