"Em 2021, a taxa de desemprego foi de 2,9% e a taxa de desemprego dos residentes correspondeu a 3,9%, mais 0,4 e 0,3 pontos percentuais, respetivamente, face ao ano de 2020", lê-se no comunicado divulgado hoje pela Direção dos Serviços de Estatística e Censos.
Este valor, contudo, não contabiliza os mais de 25.000 trabalhadores não residentes que abandonaram o território desde o início da pandemia.
Na segunda-feira, o Fundo Monetário Internacional considerou, na análise anual à economia de Macau, que o território deverá crescer 15% este ano, depois da recessão económica de 2020 causada pelos efeitos da pandemia de covid-19.
"Apesar do forte apoio orçamental e da solidez financeira dos grupos dos casinos, que amorteceram o impacto sobre o emprego e o consumo, o PIB agregado diminuiu 54% em 2020, devido, sobretudo, ao colapso das exportações de serviços, o que evidencia a vulnerabilidade da economia da Região Autónoma de Macau às forças externas que afetam o fluxo de entrada de turistas, como as restrições de viagem relacionadas com a pandemia", lê-se na análise anual do FMI à economia de Macau, feita ao abrigo do Artigo IV.
"Estima-se que a economia tenha crescido 17% em 2021 graças à recuperação parcial do setor do jogo", acrescenta-se no texto, que dá conta de um "crescimento do PIB para 2022 em 15%, decorrente da retoma gradual do turismo estrangeiro e da recuperação da procura interna".
"A crise tornou bastante evidente a dependência excessiva de Macau do setor do jogo; este setor -- o principal motor do crescimento nas duas últimas décadas -- quase cessou com a diminuição acentuada dos fluxos turísticos" decorrentes das medidas de confinamento e combate à propagação da pandemia.
Entre os principais riscos apontados pelo FMI estão "uma nova intensificação da pandemia e um aumento das tensões no setor financeiro", e os analistas recomendam que as autoridades aprofundem os esforços para garantir a diversificação económica no território.
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