O acordo de revisão das tabelas salariais e das cláusulas de expressão pecuniária dos dois anos foi concluído com o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC), o Mais Sindicato, o Sindicato dos Bancários do Centro e o Sindicato dos Bancários do Norte.
"A assinatura deste acordo torna a Caixa Geral de Depósitos na primeira e única instituição financeira nacional a fazer a revisão da tabela salarial e das cláusulas de expressão pecuniária, por dois anos, tal como já havia sido feito para os anos de 2019 e 2020, também em janeiro", realça o banco.
De acordo com a nota, nas cláusulas de expressão pecuniária "os aumentos têm uma variação bastante acima da média no subsídio de apoio ao nascimento, subsídio de trabalhador-estudante e subsídio de estudo, o que representa o reforço do compromisso da CGD para com a natalidade e na qualificação dos seus colaboradores e filhos".
"Para 2022, existe ainda um aumento muito expressivo no valor máximo do crédito habitação (nivelamento)", acrescenta a CGD.
O presidente executivo do banco, Paulo Macedo, afirma que "a conclusão da revisão das tabelas e das cláusulas de valor pecuniário é mais um elemento distintivo no pacote de condições de remuneração dos colaboradores da Caixa, a par do aumento de remuneração variável, sendo um contributo positivo para o desenvolvimento da instituição, designadamente, na concretização do exigente Plano Estratégico 2021-2024".
"Existe um tempo para desacordo, face a propostas fora do mercado e da competitividade necessária à Caixa, e um tempo para acordo que a Caixa Geral de Depósitos saúda ter sido conseguido", destaca Paulo Macedo, citado no comunicado.
Também em comunicado hoje divulgado, o Mais Sindicato e o Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) consideraram que o acordo "fica aquém da pretensão dos sindicatos, mas tem a vantagem de os trabalhadores receberem já os retroativos desde janeiro 2021 e a atualização de 2022, com efeitos a 01 deste mês".
Segundo detalharam, o aumento nos vencimentos de 2021 é de 16 euros nos níveis 1A a 11B e 0,50% nos restantes e, em 2022, de 18 euros nos níveis 1A a 11B e 0,30% nos outros níveis.
Assim, em 2021, o aumento médio ponderado da tabela salarial é de 0,90% e, em 2022, o aumento médio ponderado é de 0,92%.
Estes sindicatos disseram ainda que a CGD "irá repor o subsídio de refeição nas férias a todos os seus trabalhadores com contrato administrativo de provimento, cujo pagamento foi retirado desde abril de 2017".
Em 30 de dezembro, os trabalhadores da CGD estiveram em greve contra a proposta de atualização salarial apresentada na altura pela administração do banco, num protesto convocado pelo STEC, pois consideravam a "proposta de aumento salarial de cerca de 0,4% insultuosa e vergonhosa", segundo o STEC.
A CGD lamentou então a greve convocada "em pleno processo de negociação de revisão salarial", garantindo que a tabela de remuneração do banco "é muito superior" à dos concorrentes.
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