"É uma boa decisão, nós já o tínhamos assinalado quando a Comissão Europeia fez a recomendação e tínhamos, no fundo, solicitado ao Governo essa decisão, ela veio em tempo e isso vai permitir, naturalmente, uma nova recuperação da retoma, digamos assim", afirmou Raul Martins, em declarações à Lusa.
Em causa está a decisão do Conselho de Ministros, conhecida na quinta-feira, de acabar com a exigência, para quem entra em Portugal, "de apresentação de comprovativo de realização de teste com resultado negativo para quem apresente certificado digital covid-19 da UE em qualquer das suas modalidades ou outro comprovativo de vacinação que tenha sido reconhecido".
Para o presidente da AHP, a medida vai permitir "que março seja o início da nova retoma" do turismo.
"Nós tínhamos iniciado a retoma em setembro, outubro e novembro e mesmo no verão, no Algarve e na madeira, mas a partir de dezembro voltámos a ficar com muito pouca ocupação e prejuízos na exploração", apontou o responsável.
O fim da exigência de teste negativo, que se aplica também nas fronteiras terrestres para cidadãos oriundos de países considerados de risco vermelho ou vermelho-escuro, está integrado na resolução que altera as medidas aplicáveis no âmbito da pandemia de covid-19 aprovada pelo Governo.
O Conselho de Ministros determinou também que os testes rápidos de antigénio passam a ter uma validade de 24 horas, em vez do atual prazo de 48 horas.
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