Trabalhadores da CGD em greve às horas extraordinárias até 18 de março

Os trabalhadores do banco vão prolongar a greve às horas extraordinárias até 18 de março pela implementação nos locais de trabalho do controlo do horário através do registo eletrónico, anunciou hoje o STEC.

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Notícias ao Minuto com Lusa
21/02/2022 08:43 ‧ 21/02/2022 por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia

CGD

Os trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) vão fazer greve às horas extraordinárias até ao dia 18 de março, informou esta segunda-feira o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC), renovando assim o prazo que tinha terminado a 18 de fevereiro. 

"O STEC, a Organização Sindical mais representativa dos trabalhadores no Grupo CGD, informa que renovou o prazo da greve às horas extraordinárias até 18 de março de 2022", pode ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso. 

"Entendemos que se mantêm os pressupostos que levaram ao pré-aviso de greve às horas extraordinárias, onde destacamos o facto de a CGD, ao contrário do que transmitiu ao STEC, ainda não ter implementado em todos os locais de trabalho o controlo do horário de trabalho através do registo eletrónico, garantindo o reconhecimento do trabalho prestado", sublinha a organização sindical.

O STEC diz que os trabalhadores vão continuar a cumprir as sete horas de trabalho diário que constam do Acordo de Empresa (AE).

Em 30 de dezembro, os trabalhadores da CGD estiveram em greve contra a proposta de atualização salarial apresentada na altura pela administração do banco, num protesto convocado pelo STEC, pois consideravam a então proposta de aumento salarial (cerca de 0,4%) insultuosa e vergonhosa.

A CGD lamentou, então, a greve convocada "em pleno processo de negociação de revisão salarial", garantindo que a tabela de remuneração do banco "é muito superior" à dos concorrentes.

Os trabalhadores cumpriram também uma greve às horas extraordinárias, também convocado pelo STEC, pelo pagamento de todo o trabalho suplementar e por relógio de ponto eletrónico nas agências.

Em 11 de fevereiro, o presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, disse que não se justificavam greves no banco face aos salários praticados, desde logo quando decorrem negociações com sindicatos.

A CGD disse, em comunicado, que o salário mínimo aos seus trabalhadores dos quadros passou para 1.359 euros (valor bruto), incluindo subsídio de alimentação, com a última atualização salarial (de 0,9%), e que o salário médio na instituição passou para 2.462 euros.

Em reação, a Comissão de Trabalhadores (CT) da CGD acusou o banco público de passar uma "imagem fabricada cuja estratégia é a de colocar os trabalhadores da CGD numa posição fragilizada perante a opinião pública, rotulando-os como um universo de trabalhadores privilegiados, com salários acima da média e prémios invejáveis".

No final de 2021, a Caixa Portugal tinha 6.177 trabalhadores, menos 67 do que em 2020.

Leia Também: Galp teve lucros de 457 milhões de euros em 2021

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