Em junho de 2021, no seu "Capital Markets Day", a Galp dava conta de um só projeto de produção de hidrogénio verde em Sines, de 100 MW.
De acordo com a apresentação enviada hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa duplicou a ambição para Sines, com projetos para dois eletrolisadores de 100 MW cada, um deles, recorde-se, em consórcio com outras empresas, incluindo a EDP.
Também em Sines, a Galp tem em curso um projeto piloto de 2 MW para acelerar a fase de testes da tecnologia.
Em entrevista à Lusa, em novembro, o presidente executivo da Galp, Andy Brown disse que a empresa via enorme potencial na área do hidrogénio verde, tendo estabelecido uma meta de 0,6 a 1 gigawatts (GW) de capacidade até ao final da década, passando por 100 megawatts (MW) em 2025.
"Acreditamos que podemos fazer o hidrogénio a partir de energia renovável como o hidrogénio verde para reduzir as emissões de CO2 e tornar os combustíveis que produzimos mais sustentáveis", disse Brown.
"Esse é o núcleo, mas o que queremos fazer é também ser capazes de abastecer camiões de transporte de carga pesada, autocarros dentro da infraestrutura portuguesa, e queremos também trabalhar em parcerias sobre como podemos usar o bloco de construção principal de combustíveis como o amoníaco, como o metanol, como os combustíveis de aviação sustentáveis, porque acreditamos que o hidrogénio se tornará o novo núcleo desse sistema de energia de combustíveis".
O CEO da Galp concluiu que Portugal, "com energias renováveis de baixo custo, tem esta oportunidade de ser muito forte e de ser líder nisso, e o Governo apoia muito isso".