"A Endesa obteve um lucro líquido ordinário de 1.902 milhões de euros, 11% inferior ao de 2020. Mas, ao mesmo tempo, 12% superior à estimativa de 1.700 milhões de euros divulgada em novembro", indicou, em comunicado.
Perante este resultado, a elétrica vai distribuir um dividendo que ultrapassará em 11% as estimativas, alcançando os 1,44 euros por ação.
No total, a empresa vai pagar 80% do seu lucro líquido de 2021 aos acionistas, "percentagem que será de 70% dos lucros de 2022, 2023 e 2024 para adequá-la ao investimento bruto previsto para os próximos anos: 7.500 milhões de euros entre 2022 e 2024".
Por sua vez, o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) avançou 6%, em comparação com 2020, para 4.278 milhões de euros.
Segundo a empresa, esta evolução é justificada pela contabilização de receitas extraordinárias de 300 milhões de euros, "decorrentes da anulação judicial do cânone hidráulico 2013-2020", 186 milhões de euros pela recuperação dos custos de dióxido de carbono (CO2) de 2006, bem como pelo "esforço de gestão" para minimizar o impacto do aumento excecional dos preços do gás.
"Atravessámos um dos exercícios mais desafiantes dos últimos anos, logo depois de outro ano como o de 2020, que foi marcado pelo tremendo golpe da pandemia. O desempenho da Endesa mostra a nossa capacidade de resiliência, o que nos permite continuar a oferecer uma sólida remuneração aos nossos acionistas", afirmou, citado no comunicado, o presidente executivo da Endesa, José Bogas.
Em 2021, a elétrica deu continuidade ao seu plano de descarbonização, com a licença para encerrar a central térmica de Almería, que representava 1.100 megawatts (MW) de energia a carvão.
O investimento bruto realizado neste período foi de 2.172 milhões de euros, 5% acima da estimativa inicial e 33% superior ao de 2020.
Já as vendas brutas de eletricidade fixaram-se em 87,8 terawatts-hora, menos 1% "devido a menores vendas a clientes retalhistas, tanto no mercado regulado como no liberalizado".
A rede de pontos de carregamento públicos e privados, por seu turno, cresceu, no período em análise, 34% para 9.500, enquanto o número de pontos de carregamento para autocarros triplicou, atingindo os 35.