Banco da Rússia anuncia apoio a bancos russos sancionados pelo Ocidente

O Banco Central da Rússia (BCE) garantiu hoje que, juntamente com o Governo, vai dar o apoio necessário aos bancos sancionados pelo Ocidente devido à ofensiva militar lançada na quinta-feira na Ucrânia pelo Kremlin.

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Lusa
25/02/2022 06:55 ‧ 25/02/2022 por Lusa

Economia

Ucrânia

"O Banco da Rússia e o governo da Federação Russa fornecerão o apoio necessário aos bancos que sofreram sanções dos estados ocidentais", disse a entidade monetária em comunicado divulgado.

Esta assistência diz respeito, em particular, aos bancos VTB, Sovcombank, Novikombank, Otkritie Financial Corporation, Promsvyazbank e JSC CB Russia, bem como ao Sberbank.

"Todos os bancos desenvolveram um plano de medidas com antecedência para garantir uma operação ininterrupta perante as sanções, e avaliamos esses planos conforme apropriados à situação", observou o Banco da Rússia.

Segundo a instituição, todas as operações bancárias serão realizadas em rublos, os serviços correspondentes serão fornecidos a todos os clientes, como habitualmente, e serão mantidos os fundos de clientes em moeda estrangeira.

"O Banco da Rússia está pronto para apoiar os bancos com fundos em rublos e moeda estrangeira", afirmou no comunicado.

O banco central russo enfatizou que os bancos afetados pelas sanções "mantêm uma alta margem de estabilidade e têm um potencial significativo para o desenvolvimento de negócios em empréstimos à economia russa".

"O Banco da Rússia está pronto para tomar medidas adicionais para garantir a estabilidade e continuidade das operações bancárias e proteger os interesses de seus credores e depositantes", concluiu.

A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

Leia Também: Banco central russo aumenta taxa de juro para 7,5% devido à inflação

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