Segundo adiantaram fontes do executivo japonês à agência Kyodo, citadas pela Efe, a pedido de Bruxelas, Tóquio demonstrou vontade de providenciar mais GNL para a UE a partir de abril, desde que consiga assegurar as quantidades suficientes para consumo doméstico.
O Japão, um dos maiores importadores de GNL do mundo, já anunciou no início de fevereiro que direccionaria para a Europa parte das suas aquisições de março, um volume que se prevê que equivalerá a várias centenas de toneladas.
As conversações entre Tóquio e Bruxelas dão-se perante o receio de que a Rússia, origem de cerca de 40% das importações de GNL da Europa, responda com cortes de abastecimento às sanções anunciadas pela União Europeia, depois da invasão militar ordenada por Moscovo sobre a Ucrânia.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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