Ucrânia. Banco Central da Rússia garante liquidez da banca em rublos
O Banco Central da Rússia (BCR) assegurou hoje que vai garantir a liquidez em moeda nacional das entidades bancárias do país, após as sanções anunciadas pelo Ocidente depois da invasão russa à Ucrânia.
© Reuters
Economia Ucrânia
O regulador russo indicou hoje, em comunicado citado pela agência Efe, que "abastecerá de maneira ininterrupta a liquidez em rublos" aos bancos russos.
Na manhã de segunda-feira, o BCR fará acordos de recompra ou reposição sem limite e satisfará todas as solicitações dos bancos, de acordo com a comunicação oficial.
"O sistema bancário russo é estável, tem suficientes reservas de capital e liquidez para o seu normal funcionamento em qualquer situação", sublinhou a entidade.
De acordo com o BCR, todos os recursos nas contas dos clientes "estão intactos e disponíveis em qualquer momento".
O lançamento, na quinta-feira, da "operação militar especial" na Ucrânia pelo Presidente russo, Vladimir Putin, suscitou preocupação entre os russos que têm poupanças, sobretudo em divisas.
Aos clientes das entidades bancárias é pedido que esperem pelo menos uma semana para retirar dólares das suas contas, constatou a agência Efe.
A União Europeia, os Estados Unidos da América e o Reino Unido acordaram no sábado bloquear o sistema internacional de comunicações bancárias SWIFT a alguns bancos russos, como retaliação à invasão da Ucrânia.
Ao anunciar as medidas em Bruxelas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que vai pressionar os Estados-membros também a "paralisar os ativos do Banco Central da Rússia" para que as suas transações sejam congeladas.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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