"No que diz respeito à participação conjunta e igualitária com a Gazprom no gasoduto 'Blue Stream' (que liga a Rússia à Turquia), a Eni pretende prosseguir com a venda da sua participação", disse um porta-voz da empresa à imprensa italiana.
Segundo o porta-voz, "a presença atual da Eni na Rússia é marginal".
A Eni segue o exemplo de grandes petrolíferas como as britânicas Shell e BP, que anunciaram esta semana a retirada de projetos na Rússia devido à invasão militar russa na Ucrânia iniciada há seis dias.
"A nossa decisão de partir foi tomada com convicção", assegurou na segunda-feira o diretor-geral da Shell, Ben van Beurden, num comunicado enviado à bolsa de Londres.
As participações em causa na Shell valiam, no fim de 2021, cerca de 3.000 milhões de dólares e abrangiam em particular o envolvimento no projeto de gás natural 'Sakhaline-2' no Extremo Oriente russo, segundo a nota.
A Shell também pretende terminar o seu envolvimento no gasoduto 'Nord Stream 2', que foi construído para transportar gás russo diretamente para a Alemanha sem passar pela Ucrânia.
No domingo, a petrolífera britânica BP anunciou que vai deixar a russa Rosneft, na qual detém uma participação de 19,75%, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.
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