G7 procura forma de impedir uso de criptomoedas para contornar sanções

Os países do G7 estão a procurar maneiras de impedir que pessoas ou empresas alvo das sanções contra a Rússia usem criptomoedas para contornar as medidas adotadas, afirmou hoje o ministro das Finanças alemão, Christian Lindner.

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Lusa
02/03/2022 19:26 ‧ 02/03/2022 por Lusa

Economia

Ucrânia

"Devemos também tomar medidas para impedir que indivíduos e instituições listadas mudem para criptomoedas não regulamentadas. Também trabalhamos nisso no quadro da presidência alemã do G7", acrescentou Lindner, citado em comunicado.

Desde que os Estados Unidos e os seus aliados ocidentais implementaram uma série de sanções dirigidas ao setor bancário e à moeda russa, após a invasão da Ucrânia na semana passada, as compras de criptomoedas em rublos atingiram um nível recorde.

Os russos migraram para criptoativos na esperança de encontrar um porto seguro, como a 'bitcoin', que opera numa rede descentralizada.

Com efeito, nenhuma entidade central pode ser sancionada e impedir o acesso dos utilizadores aos critpoativos.

O ministro alemão não detalhou que medidas foram planeadas para limitar o recurso a estas moedas digitais.

Os governos poderiam, inicialmente, pedir às plataformas que limitassem o acesso a certos utilizadores, como a Ucrânia fez recentemente em contas russas.

A utilização de criptomoedas para contornar sanções económicas tem precedentes, na Coreia do Norte ou no Irão, dois países sob um regime severo de sanções.

Os líderes ocidentais anunciaram sanções adicionais para os próximos dias contra a Rússia, que visam isolar económica e financeiramente.

Entre as várias sanções já impostas estão a exclusão de várias instituições bancárias e financeiras do sistema interbancário internacional SWIFT ou o bloqueio dos ativos do Banco Central da Rússia, que contribuiu para o colapso do rublo.

O Presidente russo, "Vladimir Putin, deve entender o caminho errado que tomou", acrescentou Lindner, no comunicado após uma reunião entre os ministros das Finanças europeus (Ecofin).

Leia Também: G7 confirma que anúncio de sanções contra a Rússia já está a ter efeito

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