A plataforma criada para reunir ofertas de trabalho de empresas para refugiados ucranianos em Portugal já recolheu mais de sete mil anúncios, adiantou fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social ao Notícias ao Minuto.
"Já foram registados – até hoje às 9h00 – 7.107 postos de trabalho", indicou a mesma fonte.
A plataforma foi lançada na segunda-feira e a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, disse, no dia 1 de março, que nessa altura já se contabilizavam "mais de duas mil ofertas de emprego, o que mostra bem a dinâmica das empresas que estão a aderir".
'Portugal for Ukraine' é uma iniciativa do Governo para apoiar os cidadãos da Ucrânia que pretendem, por razões de conflito armado e humanitárias, residir em território nacional. De acordo com o Instituo do Emprego e Formação Profissional (IEFP), as empresas podem manifestar a intenção de recrutar cidadãos ucranianos, através do preenchimento deste formulário.
Ainda no início da semana, Ana Mendes Godinho deixou um apelo para que as empresas continuem a disponibilizar as suas ofertas de emprego, salientando que o IEFP tem neste momento uma 'task force' mobilizada para garantir o "melhor 'match' [adequação] possível" entre as qualificações e perfil dos ucranianos que vão chegando a Portugal e as necessidades das empresas.
"Estamos a fazer uma personalização das propostas entre as necessidades e as qualificações, procurando uma visão integrada e articulada entre todas as entidades desde que a pessoa chega Portugal", disse a ministra.
O Governo aprovou, no início da semana, um mecanismo simplificado para a obtenção de proteção temporária por parte de refugiados ucranianos, prevendo que os cidadãos que cheguem a Portugal tenham a garantia de ficar em situação regular, sendo-lhes atribuído de forma automática número de identificação fiscal (NIF), número de identificação da Segurança Social (NISS) e número de utente do Serviço Nacional e Saúde (SNS).
O objetivo é garantir uma resposta articulada tendo em conta as necessidades básicas dos refugiados em termos de habitação, emprego, acesso a cuidados de saúde, proteção social e ensino.
Em resposta aos jornalistas, Ana Mendes Godinho precisou, também na altura, que as mais de duas mil ofertas de emprego disponíveis surgiram de todo o país, sendo que as áreas com mais ofertas são a tecnológica, transportes, setor social, turismo e construção civil.
Ana Mendes Godinho referiu ainda que o trabalho de mapeamento das competências de trabalhadores ucranianos que está a ser feito pela 'task force' não abrange apenas a plataforma mais específica de ofertas que foi criada no início desta semana no âmbito da iniciativa do Governo 'Portugal for Ukraine', mas envolve também a generalidade das ofertas de emprego submetidas no site deste instituto.
[Notícia atualizada às 10h20]
Leia Também: Candidaturas a estágios do programa Ativar.pt arrancam a 1 de março