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Ucrânia. Navigator suspende vendas na Rússia e Bielorrússia

A Navigator Company anunciou hoje que suspendeu na semana passada a comercialização dos seus produtos no mercado russo e bielorrusso, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, repudiando o atual conflito militar.

Ucrânia. Navigator suspende vendas na Rússia e Bielorrússia
Notícias ao Minuto

16:46 - 10/03/22 por Lusa

Economia Rússia/Ucrânia

"A posição tomada pela empresa surge na sequência da invasão da Ucrânia por parte da Rússia, com o apoio explícito da Bielorrússia, e vai prolongar-se por tempo indeterminado", acrescenta a The Navigator Company, em comunicado.

A Navigator "demonstra o seu total repúdio pelo atual conflito militar apoiando as sanções económicas que têm vindo a ser aplicadas desde o início da invasão da Ucrânia", salienta.

Esta guerra, aponta, "já resultou em elevadas perdas humanas e materiais e obrigou a deslocações em massa de refugiados", tratando-se "de uma situação dramática que nenhum europeu pensou voltar a viver e que deixará certamente marcas profundas durante muitos anos".

A Navigator está a acompanhar "em permanência a evolução do conflito, monitorizando o seu impacto nos mercados onde atua, bem como em toda a cadeia de abastecimento".

Atualmente, "ainda não é possível estimar com razoável grau de confiança as eventuais consequências do atual conflito na atividade da empresa, sendo a exposição direta da The Navigator Company aos mercados da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia menos de 1% da sua faturação".

A empresa recorda que exporta os seus produtos para 130 países.

"Por outro lado, estima-se que o forte aumento dos custos de energia e, direta e indiretamente, dos custos de logística e de várias 'commodities' terá um forte impacto em toda a indústria no espaço europeu, pressionando ainda mais a inflação, o que penalizará a recuperação do crescimento económico", enfatiza.

O grupo que produz e comercializa papel sublinha que "são as pessoas, a sua qualidade de vida e o futuro do planeta" que o inspira e move e, por isso, vai continuar "a trabalhar para contribuir para um futuro coletivo melhor".

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: Bolsa de Lisboa em alta. Navigator a liderar ganhos ao subir mais de 4%

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