A Autoridade Monetária de Singapura (MAS), o banco central da cidade-Estado, indicou que as medidas abrangem todas as instituições financeiras da ilha, incluindo serviços e fornecedores de criptomoedas, "especificamente" proibidos de facilitar transações que sirvam para contornar as sanções contra Moscovo, de acordo com uma declaração divulgada na segunda-feira à noite.
O banco central da ilha permite que cinco serviços de moeda criptográfica, como o Bitcoin, operem na cidade, mediante um sistema descentralizado, Blockchain, cujas transações, por não dependerem de intermediários, poderiam serem usadas para evitar as sanções impostas contra as instituições financeiras russas.
Os bancos russos sancionados por Singapura são o banco VTB, o Vnesheconombank, o Promsvyazbank e o Banco Rossia, e as sanções estendem-se a todas as entidades controladas por estes bancos, direta ou indiretamente.
Centro financeiro regional, Singapura tomou a decisão de se juntar aos países do G7 [Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido] e da UE na aplicação de sanções contra a Rússia, incluindo a exclusão dos bancos russos do sistema Swift.
Também o Japão decidiu, na segunda-feira, que as trocas de divisas criptográficas baseadas no seu território bloqueassem transações que envolvessem indivíduos ou instituições sujeitas às sanções contra a Rússia e a Bielorrússia.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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