Falando num debate solicitado pelo grupo parlamentar do PCP sobre o preço dos combustíveis, Matos Fernandes precisou que "não se vislumbram constrangimentos" na disponibilidade dos vários produtos energéticos.
No caso do gás natural, apontou, este produto tem chegado conforme o previsto. "Temos as reservas a três quartos e ainda ontem houve uma descarga", precisou.
Relativamente aos combustíveis rodoviários, "temos reservas públicas para três meses", às quais se somam ainda as dos operadores.
Também na eletricidade, o ministro do Ambiente não antecipa dificuldades.
Mas se "em relação às disponibilidades não há constrangimentos", "o mesmo não pode ser dito em relação ao preço", referiu o ministro do Ambiente, acentuando que "este é volátil, crescente e cresce já a partir de patamares elevados".
Matos Fernandes referiu que, perante este contexto, o Governo agiu e continuará a agir para ajudar as empresas, os transportes e as famílias, mas alertou que "os aumentos são expressivos", "todos os vamos pagar".
"Que fique claro: não vos pinto um mundo de aguarela. Os aumentos são expressivos, todos os vamos pagar", disse.
Perante o atual quadro, "o nosso papel será sempre o de, não perdendo o rumo de aposta nas renováveis, contribuir para manter intacto o aparelho produtivo e apoiar aqueles que são mais frágeis ou sofrem maior impacto", acrescentou.
O governante referiu alguns dos apoios às famílias e empresas que têm sido postos em marcha como forma de mitigar a subida do preço dos combustíveis -- como o Autovoucher ou a redução do ISP -- apontando as notícias de que "já não parece rentável abastecer em Espanha, com o preço do gasóleo a preços semelhantes nos dois países peninsulares".
[Notícia atualizada às 19h51]
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