A guerra na Ucrânia vai prejudicar a economia da zona euro, que ainda assim deve crescer, mesmo que o conflito aumente, disse o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, esta terça-feira, descartando ainda assim um cenário de estagflação.
"Podemos afastar a possibilidade de estagflação, porque mesmo no pior cenário vamos ter um crescimento de cerca de 2% em 2022", disse Luis de Guindos, citado pela Reuters.
Em linha com estas declarações, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse na segunda-feira que não prevê um cenário de estagflação, mas reconhece que a curto prazo o encarecimento da energia e a aceleração da transição energética vão subir os preços.
"Não vemos atualmente elementos de estagflação (inflação com estagnação económica)" na zona euro, afirmou Lagarde, numa intervenção no Instituto Montaigne, em Paris.
A líder do BCE disse que não vê esses sinais no horizonte de 2022, 2023 e 2024, em resposta a uma questão sobre o risco de o aumento da energia e das matérias-primas e das perturbações nas cadeias de abastecimento que resultam da invasão russa da Ucrânia provocar uma estagnação da economia, que tentava recuperar de dois anos de pandemia.
A estagflação, recorde-se, é uma situação em que uma economia não cresce, o desemprego aumenta e os preços sobem.
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