Entre as personalidades cujos ativos sob jurisdição nipónica ficaram retidos até nova ordem, encontram-se o secretário do Conselho de Segurança russo, Nikolai Patrushev, o porta-voz do Kremlin Dmitri Peskov, o diretor-adjunto de gabinete do presidente Vladimir Putin, Serguei Kiriyenko, e o assessor presidencial Serguei Ivanov.
O presidente do banco VEB.RF, Igor Shuvalov, o acionista maioritário do banco Rossiya, Nikolai Shamalov, o presidente da empresa siderúrgica Severstal e do grupo de investimentos Severgroup, Alexei Mordashov, além de familiares de oligarcas e políticos já sancionados, somam-se à lista que já inclui 101 nomes.
Além de sancionar as finanças de personalidades russas, o Japão anunciou também a suspensão das exportações para 80 empresas e entidades russas, incluindo empresas ligadas ao setor marítimo, aeroespacial, eletrónico e centros de investigação tecnológica.
O número de entidades afetadas pelas sanções japonesas relacionadas com a guerra ascende agora a 130.
"Decidimos tomar medidas adicionais sob a forma do congelamento de bens e proibição da exportação para certas entidades, para que a Rússia ponha termo à invasão da Ucrânia o mais rapidamente possível", disse, sobre as novas sanções, o porta-voz do governo nipónico Hirokazu Matsuno.
"O Governo do Japão vai continuar a aumentar a pressão diplomática e económica sobre a Rússia", acrescentou.
O Presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo bielorrusso e aliado de Moscovo, Alexander Lukashenko, lideram a lista de nomes sancionados anteriormente por Tóquio.
À semelhança de outros países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) da UE, também o Japão tem vindo a implementar sucessivas rondas de sanções, nomeadamente a exclusão dos bancos russos do sistema de pagamentos internacional SWIFT ou a proibição de exportação de semicondutores, equipamento da indústria petrolífera e outras tecnologias com potencial de guerra.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, pelo menos 1.035 mortos, incluindo 90 crianças, e 1.650 feridos, dos quais 118 são menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,70 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento.
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