"A minha preocupação em relação à situação alemã é que (...) temos uma forte dependência económica da China", declarou Christian Lindner, dirigente do partido liberal FDP, falando ao jornal Die Zeit.
"Temos de diversificar as nossas relações internacionais, incluindo para as nossas exportações", acrescentou.
A guerra na Ucrânia expôs também a dependência da Alemanha da Rússia, a quem compra mais de metade do seu gás e uma parte do carvão e do petróleo.
Pequim é, no entanto, o principal parceiro económico da Alemanha, com mais de 245 mil milhões de euros em trocas comerciais entre os dois países em 2021, um número que representa um aumento de 15,1% em relação ao ano anterior.
Várias indústrias alemãs deslocalizaram uma parte da sua produção para a China e importam do país muitos elementos indispensáveis à sua atividade.
Por outro lado, a China é um dos principais clientes do setor automóvel alemão.
"Agora pode ser a hora de fazer negócios preferencialmente com aqueles que não são apenas parceiros comerciais, mas que querem ser também parceiros nos valores", comentou Lindner.
Com as perturbações associadas à guerra na Ucrânia, muitos fabricantes já estão a ponderar reduzir sua presença na China, segundo um estudo do instituto económico Ifo, publicado no final de março.
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