"O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), elaborado pelo Banco Central da Venezuela (BCV) e o Instituto Nacional de Estatística (INE) registou em março de 2022 uma variação mensal de 1,4%, que é inferior aos 2,9% obtidos para o mês anterior e a mais baixa observada nos últimos 115 meses (1,1% em agosto de 2012)", explica o BCV em comunicado.
Segundo aquele organismo com o resultado oficial de março, "a variação acumulada no final do primeiro trimestre do ano foi de 11,4%, muito inferior à obtida durante o mesmo período do ano passado (127,8%)".
"A variação anualizada para o mês de março foi de 284,4%, menos de uma décima parte do observado em março de 2021", sublinha.
Segundo o BCV o setor da educação foi o que aquele em que a inflação mais subiu em março, 12,2%, seguindo-se as comunicações (11,1%), lazer e cultura (5%), equipamento para o lar (2,9%), restaurantes e hotéis (2,7%), vestuário e calçado (1,9%), e serviços para a habitação (1,6%).
Por outro lado, o Observatório Venezuelano de Finanças (OVF), que regista dados para a oposição venezuelana, reportou uma inflação mensal de 17,8% em março, mais 10,5% que o valor registado em fevereiro.
Segundo o OVF, em igual mês, a inflação anualizada é de 251%, superior aos 246% de fevereiro.
Os setores que registaram um maior aumento de preços foram o de equipamento para o lar (105,9%), serviços gerais (15,9%), comunicações (8,7%) e alimentos (3,1%).
O OVF atribui parte da inflação a um novo Imposto às Grandes Transações Financeiras (IGTF), que penalizada os compradores que paguem em dólares norte-americanos com um adicional de 3% ao valor da compra, desde março.
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