A edição de 2022 da entrega dos prémios realiza-se na residência oficial do embaixador de Portugal em Espanha com a presença de várias personalidades e autoridades do mundo da política, cultura e arte.
A escritora e editora Lídia Jorge é uma das três premiadas portuguesas, salientando o Clube das 25 que tem "uma voz única e reconhecida no panorama da literatura portuguesa contemporânea", sendo muitas as edições de cada uma das suas obras e traduzidas para outras línguas.
A jornalista e escritora Maria Antónia Palla é outra das distinguidas pela organização, que realçou o facto de ter feito parte do primeiro grupo de mulheres jornalistas admitidas por concurso na redação do Diário Popular e a primeira mulher responsável pela Caixa de Previdência dos Jornalistas.
A cantora e compositora Teresa Salgueiro também será distinguida, recordando esta organização feminista que aos 17 anos de idade Salgueiro foi convidada a juntar-se à fundação do grupo português Madredeus, gravando posteriormente nove álbuns de música original, criados especialmente para a sua voz, e que durante 20 anos, de 1987 a 2007, o grupo vendeu mais de cinco milhões de discos em todo o mundo, tendo-se tornado "num dos principais representantes da música portuguesa".
As outras premiadas são as espanholas Carlota Bustelo (política "emblemática e símbolo de toda uma época" de luta feminista), Almudena Ariza (jornalista correspondente em vários países) e Rozalén (cantora e ativista feminista).
A cerimónia de entrega da XXV edição dos Prémios do Clube das 25 vai contar com a presença do embaixador de Portugal em Espanha, João Mira Gomes; personalidades do mundo da cultura, como Pilar del Rio; e autoridades políticas, como a ministra espanhola da Igualdade, Irene Montero, a ministra espanhola da Defesa, Margarita Robles, e a antiga presidente da Câmara de Madrid Manuela Carmena, entre outras.
O Clube das 25 é uma associação feminista composta por mulheres unidas pela "luta pela igualdade real, por dar visibilidade às mulheres em lugar de destaque em todos os setores e pelo trabalho sobre questões que afetam particularmente as mulheres, tais como a violência de género, a diferença salarial ou o assédio sexual".
Há dois anos, a associação, que tem uma longa história no movimento feminista em Espanha, decidiu abrir uma nova etapa de alianças com os países atlânticos, tendo encontrado agora "uma boa ocasião para inaugurar esta nova cooperação" com o país vizinho, Portugal.
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