O AUTOvoucher, que foi lançado pelo Governo em novembro para responder à subida dos preços dos combustíveis, acaba no sábado, naquele que é o último dia do mês de abril. Os contribuintes que não aderiram ainda podem fazê-lo e, assim, obter o benefício de 20 euros num abastecimento. Na segunda-feira, arranca a nova descida do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP).
De acordo com as regras do AUTOvoucher, uma pessoa que tenha aderido em março, mas apenas utilize o benefício em abril, receberá este mês um total de 40 euros de reembolso com o primeiro abastecimento.
Já para os aderentes no decorrer do mês de abril, o benefício total é de 20 euros.
No caso dos consumidores que aderiram no início do programa ou que já estavam registados na plataforma IVAucher antes de novembro o reembolso total ascende a 60 euros.
A 22 de abril, o Ministério das Finanças divulgou que os reembolsos aos consumidores através do AUTOvoucher ultrapassaram os 117,5 milhões de euros e os três milhões de aderentes.
Redução do ISP arranca já na 2.ª feira
O primeiro-ministro anunciou que na segunda-feira a nova descida do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) permitirá baixar a carga fiscal em 20 cêntimos por litro, reduzindo 62% do aumento do preço da gasolina e 42% do gasóleo.
Na quinta-feira, no Parlamento, o líder do Executivo defendeu que, "perante um cenário de inflação - ainda que temporário -, o Governo agiu de forma rápida e identificou respostas para fazer face a esta crise, com medidas económicas robustas e eficazes".
Essas medidas, de acordo com o primeiro-ministro, vão "ajudar a conter os preços da energia e a mitigar o choque inflacionista, apoiar as famílias e as empresas e acelerar a transição energética, protegendo a coesão social e o crescimento económico".
"Posso por isso anunciar que, já na próxima segunda-feira, a nova descida do ISP, permitirá baixar a carga fiscal em 20 cêntimos por litro, o que permitirá reduzir 62% do aumento do preço da gasolina e 42% do aumento do preço do gasóleo sofrido pelos consumidores desde outubro", declarou.
Entre descidas de impostos e subvenções, de acordo com António Costa, a proposta de Orçamento "prevê mais de 1.300 milhões de euros de apoio às empresas e às famílias".
"É, portanto, um orçamento concreto, virado para o país real; um orçamento que nos permite prosseguir o rumo que traçámos, ajustando-se à nova conjuntura, sem nos desviar dos grandes desígnios nacionais", sustentou.
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