"É um investimento de importância estratégica para a aviação cabo-verdiana", afirmou hoje à Lusa Nuno Pereira, presidente do conselho de administração do grupo de aviação de origem angolana.
Acrescentou que o pedido de certificação para este Embraer 190, "num trabalho conjunto" das equipas da BestFly em Cabo Verde e Angola, "representa a primeira do género, para um novo avião, desde há muito tempo e um avanço para aviação cabo-verdiana".
Sem entrar em detalhes sobre a operação que será realizada pelo novo Embraer 190, Nuno Pereira confirmou a conclusão do negócio para o fornecimento, em regime de leasing, desta aeronave, que aguarda apenas a certificação pela AAC para ser movimentada para a Praia, admitindo que possa acontecer durante o mês de maio.
"Para iniciarmos a operação em junho", disse ainda, garantindo que a nova aeronave vai "reforçar e complementar" a atividade que a BestFly já desenvolve em Cabo Verde, atualmente com dois ATR 72-600 nos voos domésticos no arquipélago, serviço que a empresa garante há praticamente um ano.
"Este novo avião faz parte de uma estratégia de complementaridade que inclui aviões mais pequenos para assegurar a viabilidade da operação e a conectividade interilhas de forma sustentável. A nossa ideia é ter em breve uma frota da BestFly Cabo Verde composta por seis aviões", disse ainda o presidente do conselho de administração da companhia.
O grupo BestFly resulta de uma empresa de origem familiar criada em Angola e opera ainda em geografias como Dubai, República do Congo ou Portugal.
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