APED prevê aumentos de até 35% em alguns bens alimentares

Em particular, nos que estão relacionados com cereais.

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Notícias ao Minuto
04/05/2022 10:56 ‧ 04/05/2022 por Notícias ao Minuto

Economia

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O diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Gonçalo Lobo Xavier, estima que o aumento dos preços pode chegar aos 35% em alguns bens alimentares, destacando, em particular, os que estão relacionados com os cereais. 

"O aumento dos preços, ao longo do tempo, será na ordem de até 30%. Entre 30% a 35% de crescimento de preço", disse Gonçalo Lobo Xavier no programa 'Tudo é Economia', da RTP3. Este aumento, explicou, será mais evidente "nos cereais, nas farinhas e em tudo o que tenha a ver com cereais. No pão [também], naturalmente, e em muitos outros produtos que têm muita intensidade energética". 

Relativamente à escassez de bens alimentares, o diretor-geral da APED acrescenta que a indústria tem encontrado soluções, mas estas são mais complicadas do ponto de vista logístico: 

"Acho que não seria muito sério da nossa parte dizer que não vão faltar produtos. O que posso dizer é que, até agora, temos encontrado soluções que são, naturalmente, mais onerosas do ponto de vista da logística", referiu o responsável, acrescentando: "É completamente diferente ir buscar trigo ao antigo celeiro da Europa que era a Ucrânia ou ir buscá-lo à África do Sul ou à América do Sul. Isto tem impacto"

O preço dos alimentos avançou 3,5% entre janeiro e março, havendo vários itens com subidas superiores, o que preocupa os economistas ouvidos pela Lusa, numa altura em que não é ainda possível antever o fim dos aumentos.

Os mesmos dados mostram, contudo, que a tendência se acentuou no último mês deste primeiro trimestre, chegando a março a subir 3,5% numa comparação com janeiro ou 2,7% se a referência for o índice registado em fevereiro, mês em que teve início a guerra na Ucrânia.

No conjunto de produtos que integram este cabaz há alguns cujo preço no primeiro trimestre aumentou acima daquele valor geral: é o caso do pão e dos cereais ou da carne (3,8%) ou dos óleos e gorduras (que subiram 18,6% face a janeiro). No leite, queijo e ovos a subida do preço naquele período foi de 3,3%, no peixe ascendeu a 2,6% e nos produtos hortícolas a 2,2%.

Leia Também: Alimentos mais caros? Oito dicas para poupar na ida ao supermercado

  

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