"O tráfego total em março de 2022 (medido em passageiros-quilómetro) subiu 76% face a março de 2011", disse a IATA, sublinhando que "ainda que este crescimento seja menor do que o de 115,9% em fevereiro" os volumes em março foram mais próximos de níveis de 2019, estando 41% abaixo desse período.
"Os impactos do conflito na Ucrânia nas viagens aéreas foram muito limitados, enquanto os impactos relacionados com a Omicron continuaram confinados aos mercados asiáticos", lê-se, na mesma nota.
De acordo com a IATA, o tráfego doméstico cresceu 11,7% em março, em termos homólogos, abaixo do crescimento de 59,4% de fevereiro, o que a associação atribui aos confinamentos na China, devido à covid-19.
Já os passageiros-quilómetro internacionais cresceram 285,3%, ultrapassando os 259,2% de ganhos em fevereiro, face ao período homólogo, com a maioria das regiões a melhorar o comportamento.
Segundo a IATA, as companhias aéreas europeias "continuaram a liderar a recuperação", com o tráfego de março a crescer 425,4% em relação ao mesmo mês de 2021, uma melhoria face ao aumento de 384,6% em fevereiro, referiu.
A 'performance' em março está a ajudar a uma aproximação a níveis de 2019, indicou a IATA, sendo que os passageiros-quilómetro foram, neste mês, 41,3% abaixo de março de 2019, quando em fevereiro eram de menos de 45,5%.
"A recuperação no transporte aéreo é uma notícia excelente para a economia global, para amigos e famílias cujas separações forçadas estão a acabar e para milhões de pessoas que dependem deste transporte para subsistir", indicou a IATA.
"Com as barreiras às viagens a desaparecer na maioria das regiões, estamos finalmente a assistir ao crescimento da procura. Infelizmente estamos também a assistir a longas demoras em muitos aeroportos, com recursos insuficientes para lidar com estes números. Este problema tem de ser resolvido com urgência para evitar frustrar o entusiasmo pelas viagens áreas", disse Willie Walsh, diretor geral da IATA, citado na mesma nota.
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