Lagarde sinaliza que taxas de juro podem ser aumentadas já em julho

O primeiro aumento das taxas de juro "acontecerá algum tempo depois do fim das compras líquidas de ativos", disse Christine Lagarde.

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© Hayoung Jeon - Pool/Getty Images

Notícias ao Minuto
11/05/2022 10:36 ‧ 11/05/2022 por Notícias ao Minuto

Economia

zona euro

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, sinalizou, esta quarta-feira, que o aumento das taxas de juro na zona euro pode ocorrer já em julho, "semanas" depois de terminar o programa de compra de ativos.

O primeiro aumento das taxas de juro "acontecerá algum tempo depois do fim das compras líquidas de ativos", disse Christine Lagarde, citada pela Bloomberg.

"Ainda não definimos em concreto a noção de 'algum tempo', mas deixei muito claro que isso pode significar um período de só algumas semanas", referiu a presente do BCE, sinalizando assim que o aumento poderá acontecer já em julho. 

No mês passado, recorde-se, a presidente do BCE disse que há "uma forte probabilidade" de a instituição subir as taxas de juro até ao fim do ano, se a inflação continuar elevada.

Os bancos centrais em todo o mundo têm começado a subir as suas taxas de juro com o objetivo de conter a inflação, que aumentou ainda mais após o início da guerra na Ucrânia. O BCE tem resistido a esta tendência, mas tem estado sob pressão para iniciar essa subida.

A instituição liderada por Lagarde indicou que só começa a subida dos juros depois de terminar o atual programa de compra de ativos, o que deve acontecer no terceiro trimestre deste ano.

Por cá, o ministro das Finanças, Fernando Medina, considera vital uma estratégia orçamental de proteção e de antecipação das dificuldades que se avizinham com o aumento das taxas de juro para o país ter mais tarde margem de manobra.

O titular da pasta das Finanças defendeu que o atual momento económico-financeiro é caracterizado por sinais contrários, em primeiro lugar por um elevado crescimento económico do país - Portugal teve o maior crescimento da zona euro no primeiro trimestre do ano -, mas também por indicadores "de apreensão" que "já se materializam e que correspondem a dificuldades no presente e outras dificuldades no futuro a breve prazo".

Leia Também: Afinal, quem está dispensado de entregar a declaração do IRS de 2021?

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