O Japão está a intensificar os apelos aos cidadãos e empresas para que economizem eletricidade, com a nação a enfrentar um aperto no fornecimento de energia no verão e um aumento dos custos de importação de combustível.
O governo de Kishida convocou a primeira reunião nacional em cinco anos dedicada a discutir as perspectivas de energia, uma vez que se prepara para um fornecimento apertado durante os próximos meses e durante o inverno, de acordo com o Ministério do Comércio, citado pela Bloomberg.
"O fornecimento de energia este verão e o próximo inverno será muito difícil", disse terça-feira o secretário principal do gabinete, Hirokazu Matsuno. "Gostaríamos que as famílias e as empresas fizessem o que pudessem, como apagar as luzes em quartos e corredores não utilizados, e baixar a temperatura do frigorífico".
Os residentes em Tóquio foram convidados no mês passado a reduzir o consumo de eletricidade, tomando medidas tais como ver uma hora menos de televisão por dia ou desligar as funções de aquecedor dos assentos das sanitas.
Estão a ser feitos preparativos para reiniciar centrais térmicas inativas e para ajudar os operadores da rede a iniciar cortes de energia planeados, se necessário como último recurso, de acordo com documentos da reunião de terça-feira. Os funcionários também irão alargar os esforços para promover medidas de conservação de energia entre os agregados familiares.
O governo irá também reforçar a participação na aquisição de combustível no estrangeiro, em particular gás natural liquefeito.
As consequências da guerra na Ucrânia têm provocado forte abalo no fornecimento de energia no Japão. A geração de eletricidade do país é altamente dependente de combustíveis fósseis importados, em especial o Gás Natural Liquefeito (GNL).
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