"Os que exprimiram o seu desejo e convicção mudaram" o pagamento para rublos, assinalou em conferência de imprensa no Fórum Económico de São Petersburgo.
"É uma grande parte se aplicarmos o volume global. O presidente da Gazprom saberá os números exatos, mas são entre 90% e 95%", revelou Novak, sentado ao lado do máximo responsável do gigante do gás, Alexéi Miller.
O Presidente russo, Vladimir Putin, decretou a 31 de março que os países considerados "hostis" na sequência das sanções aplicadas pelo Ocidente por causa da invasão russa à Ucrânia, entre eles todos os países membros da União Europeia, (UE), passariam a pagar o gás em rublos.
Anexa a essa medida foi decidido ainda que a partir de 01 de abril, os clientes europeus deveriam abrir contas especiais no Gazprombank.
Na primeira dessas contas deve entrar o pagamento do gás russo recebido em euros ou dólares (em 97% dos casos os contratos previam o pagamento nessas divisas), que seriam depois convertidos em rublos na Bolsa de Moscovo e transferidos para a segunda conta, já como moeda russa.
Algumas empresas energéticas europeias recusaram este esquema e Gazprom cortou o fornecimento de gás.
Recentemente, o gigante do gás russo cortou o abastecimento aos Países Baixos, Polónia, Bulgária e Finlândia, bem como às empresas Ørsted, principal grupo de energia da Dinamarca, e Shell Energy Europe, que fornece gás para a Alemanha, por se recusarem a pagar em rublos pelo fornecimento do hidrocarboneto.
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