Biden diz que tenta reduzir inflação e compromete-se com energias verdes

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assegurou hoje que está a usar todos os recursos para combater a inflação, que nos EUA atingiu 8,6% em maio em termos homólogos, e reafirmou o compromisso com as energias renováveis.

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© SAUL LOEB/AFP via Getty Images

Lusa
17/06/2022 19:13 ‧ 17/06/2022 por Lusa

Economia

EUA

Durante um discurso por vídeo no Fórum das Grandes Economias de Energia e Clima, que se realiza hoje, Biden voltou a imputar à invasão russa da Ucrânia a principal responsabilidade pelo aumento de preços.

"Temos de trabalhar juntos para mitigar os efeitos colaterais desta crise. Nos Estados Unidos, estou a usar todos os recursos à minha disposição para baixar os preços para o povo americano", disse Biden.

A inflação nos EUA está em níveis recorde de 40 anos, o que obrigou a Reserva Federal (o banco central norte-americano) a adotar uma política monetária contracionista, com aumentos agressivos de taxas de juros, o que ameaça fazer arrefecer a economia e provocar uma recessão.

No plano político, a inflação tornou-se a principal dor de cabeça de Biden, cuja popularidade está em queda, num momento inoportuno devido à proximidade das eleições intercalares de novembro, nas quais o Partido Democrata pode sofrer um importante revés.

Neste fórum, Biden anunciou novas iniciativas na área das energias renováveis para combater as alterações climáticas e a crise alimentar que o mundo vive, e que o Presidente norte-americano considera ser, em grande parte, responsabilidade da invasão russa da Ucrânia.

"O ataque brutal e não provocado da Rússia à vizinha Ucrânia alimentou uma crise global de energia e tornou ainda mais clara a necessidade de alcançar uma segurança energética fiável e de longo prazo", explicou o líder norte-americano.

Acompanhado do enviado especial dos Estados Unidos para o Clima, John Kerry, Biden propôs novas medidas aos demais países participantes neste fórum, que se reúne periodicamente e reúne os países que geram mais de 80% das emissões de gases de efeito estufa.

A primeira das medidas propostas por Biden é adotar uma "via global" para o Compromisso Global do Metano, que captura as fugas de gás desperdiçado do setor petrolífero e o recupera para os mercados.

A segunda é colocar mais veículos elétricos nas estradas e descarbonizar o transporte marítimo de carga, para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no setor de logística, bem como acabar com a dependência dos preços voláteis do mercado de petróleo.

Biden também propôs acelerar a comercialização de novas tecnologias de energia limpa e, em última análise, aumentar a eficiência dos fertilizantes, para alcançar reduções de emissões no setor agrícola e promover a segurança alimentar global.

Leia Também: Supremo Tribunal rejeita analisar regra sobre imigração de Trump

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