Bolsa de Lisboa em baixa com CTT a cair quase 2%
A bolsa de Lisboa estava hoje em baixa, a manter a tendência da abertura, com as ações dos CTT a caírem 1,92% para 3,07 euros.
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Economia Mercado
Cerca das 09h10 em Lisboa, o PSI recuava 0,73% para 5.878,41 pontos, com 12 'papéis' a caírem, dois a subirem e um a manter a cotação (Semapa em 13,62 euros).
Às ações dos CTT seguiam-se as do BCP e da Mota-Engil, que se desvalorizavam 1,69% para 0,18 euros e 1,61% para 1,28 euros, respetivamente.
No mesmo sentido, as ações da Galp, Sonae e Greenvolt eram outras das que mais desciam, designadamente 1,53% para 10,93 euros, 1,08% para 1,08 euros e 1,02% para 6,77 euros.
As ações da Corticeira Amorim e da Jerónimo Martins eram as únicas que avançavam, 0,78% para 10,40 euros e 0,48% para 19,02 euros.
O PSI (Portugal Stock Index) é desde 21 de março o principal índice da Bolsa de Lisboa com uma primeira carteira composta por 15 das 19 empresas que integravam o antecessor PSI20.
Na Europa, as principais bolsas negociavam hoje em baixa, com os investidores a temerem cada vez mais uma recessão económica.
A sessão de quarta-feira foi marcada pela comparência do presidente da Reserva Federal dos EUA (Fed), Jerome Powell, no Senado norte-americano.
Powell, que hoje voltará a comparecer no Congresso, assegurou que a Fed manterá a sua política de subidas das taxas de juro ainda que com o risco de que o país entre em recessão, um cenário que não descartou.
Uma "aterragem suave" da economia continua a ser o objetivo da Fed (ou seja uma descida da inflação que afete o mínimo a atividade económica), afirmou Powell, que, não obstante, admitiu que este cenário é cada vez "mais difícil".
Neste contexto, "os investidores mantêm a incerteza sobre o grau de deterioração do ciclo económico", dizem analistas da Renta4, citados pela Efe, que asseguram que este medo se transfere para o mercado da dívida, onde os juros das dívidas soberanas continuam a cair.
No mercado da dívida, os juros das dívidas soberanas mantinham-se a cair, depois dos máximos atingidos em 14 de junho e de na semana passada o Banco Central Europeu (BCE) se ter mostrado disposto a criar uma ferramenta para travar a subida e apesar do aumento das taxas de juro da Reserva Federal dos EUA (Fed), de 0,75 pontos percentuais.
Os juros da Alemanha a 10 anos estavam hoje de manhã a 1,6%.
"O temor de uma recessão resultante de uma saída rápida das políticas monetárias ultraexpansivas dos bancos tornam especialmente relevante a publicação dos indicadores mais antecipados de ciclo", adiantam os analistas, para quem os "claros" protagonistas da sessão de hoje serão as estimativas dos PMI de junho da zona euro e dos EUA.
Nos EUA também serão publicados os pedidos iniciais de subsídios de desemprego semanal.
No mercado de matérias-primas, o petróleo Brent, de referência na Europa, descia 1,81% para cerca de 109,7 dólares devido também aos receios de uma possível recessão económica.
No outro lado do Atlântico, Wall Street terminou em baixa, com o Dow Jones a baixar 0,15% para 30.483,13 pontos, contra o máximo desde que foi criado em 1896, de 36.799,65 pontos, registado em 04 de janeiro deste ano.
O Nasdaq fechou a desvalorizar-se 0,15% para 11.053,08 pontos, contra o atual máximo, de 16.057,44 pontos, verificado em 16 de novembro do ano passado.
A nível cambial, o euro abriu em baixa no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,0547 dólares, contra 1,0575 dólares na quarta-feira.
O barril de petróleo Brent para entrega em agosto abriu em baixa no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar-se a 109,90 dólares, contra 111,74 dólares na quarta-feira.
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