O empresário Mário Ferreira afirmou, esta quarta-feira, que não está “acusado de nada” nem é “arguido em nenhum processo”. Em causa está uma reação a um artigo do Correio da Manhã, que na edição de hoje noticiou que a “justiça europeia investiga o dono da TVI” por “suspeitas na atribuição de fundos”.
“O meu ‘amigo’ Paulo Fernandes em maio de 2020 prometeu-me que me ‘destruía a vida’ caso eu avançasse com a compra da Media Capital”, começou por afirmar o empresário, numa publicação na rede social Facebook, referindo-se ao presidente do grupo Cofina.
Descrevendo a notícia do jornal diário como “um ataque feroz”, Mário Ferreira acrescentou: “Eles [grupo Cofina] sabem que não estou acusado de nada, não sou arguido em nenhum processo”.
O empresário acusou ainda a antiga eurodeputada Ana Gomes, que anteriormente processou por difamação, de “enviar cartas com falsas acusações” e o Correio da Manhã de “aproveitar para fazer notícias”. “Parece para eles um modelo virtuoso para vender jornais… Ao meu ‘amigo’ Paulo irei sempre responder com obra feita e nunca lhe farei a ele aquilo que não gosto me estejam a fazer a mim, são estilos”, atirou.
O Correio da Manhã avançou hoje que a Procuradoria Europeia está a investigar Mário Ferreira por “suspeitas relacionadas com a atribuição de fundos comunitários a empresas do seu grupo”. O diário disse ainda ter apurado que o inquérito terá sido aberto na “sequência de uma queixa sobre a atribuição de fundos europeus e alegados atos de branqueamento de capitais”.
Ainda hoje, soube-se que a Autoridade Tributária e o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) realizaram buscas na empresa Douro Azul por suspeitas de “crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento”.
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