Bolsas europeias em alta, já a pensar no BCE

As principais bolsas europeias negociavam hoje em alta, a pensar já na reunião de política monetária do Banco Central Europeu na próxima quinta-feira.

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Lusa
18/07/2022 09:23 ‧ 18/07/2022 por Lusa

Economia

Bolsas

As bolsas de Londres, Paris e Frankfurt avançavam 1,36%, 1,01% e 1,23%, bem como as de Madrid e Milão, que se valorizavam 0,93% e 0,68%, respetivamente.

Depois de abrir em alta, a Bolsa de Lisboa mantinha a tendência, estando cerca das 09:00 o principal índice, o PSI, a subir 0,83% para 5.963,50 pontos.

Esta semana, além da realização da reunião de política monetária do BCE na quinta-feira, os investidores aguardam a publicação dos PMI preliminares de julho, bem como resultados empresariais do segundo trimestre.

Na quinta-feira, o conselho do BCE dará a conhecer as diretivas de política monetária num contexto marcado pelo dado preliminar da inflação na zona euro em junho, de 8,6% em termos homólogos, e da inflação subjacente, que exclui alimentos frescos e energia, de 4,6%, também em termos homólogos.

Os mercados também antecipam uma subida das taxas diretoras de 0,25 pontos percentuais.

Na quarta-feira, os mercados estarão focados nos dados da inflação do Reino Unido e do Canadá.

Os investidores temem que as pressões inflacionistas obriguem os bancos centrais a acelerar o ritmo das subidas das taxas de juro, aumentando assim o risco de recessão.

Na passada quarta-feira, soube-se que a taxa de inflação homóloga nos EUA em junho acelerou para 9,1%, um novo máximo em 40 anos.

A inflação nos Estados Unidos manteve a tendência ascendente e em junho atingiu 9,1%, uma taxa não registada desde 1981 e alimentada, como vem sendo habitual nos últimos meses, pelo encarecimento da energia e dos alimentos.

Depois desta taxa de inflação em junho nos EUA é natural que a Reserva Federal dos EUA (Fed) intensifique o ritmo da subida das taxas de juro para tentar travar a procura e adaptá-la à oferta, referiram analistas da Renta 4, citados pela Efe.

Entretanto, no atual cenário de elevada incerteza, o euro hoje estava a recuperar face ao dólar, depois de ter fechado abaixo da paridade em 14 de julho (0,9991 dólares).

No outro lado do Atlântico, Wall Street terminou em alta na sexta-feira, com o Dow Jones a subir 2,15% para 31.288,26 pontos, contra o máximo desde que foi criado em 1896, de 36.799,65 pontos, registado em 04 de janeiro deste ano.

O Nasdaq fechou a valorizar-se 1,79% para 11.452,42 pontos, contra o atual máximo, de 16.057,44 pontos, verificado em 16 de novembro do ano passado.

A nível cambial, o euro abriu em baixa no mercado de câmbios de Frankfurt, a cotar-se a 1,0136 dólares, contra 1,0180 na sexta-feira, depois de ter terminado em 14 de julho abaixo da paridade, a 0,9991 dólares, um mínimo desde 2002.

O barril de petróleo Brent para entrega em setembro abriu em alta no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, a cotar-se a 103,71 dólares, contra 101,16 dólares na sexta-feira.

Leia Também: Bolsas europeias em alta, embora pendentes da crise em Itália

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