Nove dos voos cancelados tinham origem ou destino no aeroporto de Barcelona (Catalunha), o mais afetado por esta greve, que vai estender-se por mais três dias.
Segundo os sindicatos (USO e Sictpla), outros 227 voos da companhia aérea tiveram hoje atrasos nos aeroportos espanhóis por causa da greve.
Nenhum dos voos cancelados tinha Portugal como origem ou destino, sendo a ligação entre Barcelona e Palma de Maiorca, nas ilhas espanholas das Baleares, a que teve mais perturbações, segundo os dados divulgados pelos sindicatos, que são referentes até às 19:00 de hoje (18:00 em Lisboa).
Estes quatro dias de greve são o terceiro e último período de paralisações na Ryanair em Espanha convocadas para julho.
Segundo os sindicatos, no conjunto, estes protestos levaram já ao cancelamento de cerca de 300 voos e a atrasos em perto de 2.400 ligações aéreas, com mais de 50 mil passageiros afetados.
Os sindicatos garantem também que dez trabalhadores da Ryanair foram já despedidos em Espanha "por exercerem o seu direito à greve" e que mais de 70 são alvo de processos disciplinares por causa do protesto, o que a empresa nega.
A greve foi convocada para "obrigar a Ryanair a cumprir a lei espanhola", dizem os dois sindicatos, segundo os quais estão em causa direitos laborais.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão atualizações salariais de entre oito e 16%, conforme as categorias e os níveis de salários que, em alguns casos, não atingem o salário mínimo espanhol, dizem os sindicatos, sublinhando que isto mesmo foi confirmado por inspeções das autoridades do trabalho em bases da Ryanair em Espanha.
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