Exportadores alemães receiam impacto da escassez de gás
O setor exportador da Alemanha receia os efeitos negativos da escassez de gás no comércio externo do país, segundo uma análise do instituto económico alemão Ifo hoje divulgada.
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Economia Ucrânia
De acordo com a análise do ifo, as expectativas dos exportadores alemães caíram para menos 0,5% em julho, contra 3,4% positivos registados em junho.
"A escassez de gás está a pesar nas expectativas no setor da exportação", disse o ifo num comunicado sobre o sentimento de um dos motores tradicionais da economia alemã, as exportações.
As perspetivas vão desde o otimismo moderado nos setores automóvel e de fabrico de máquinas até ao ceticismo no setor químico, e o pessimismo aberto na indústria alimentar e entre os fabricantes de mobiliário, entre outros.
Desde o início da invasão da Ucrânia pela Ucrânia, o Governo alemão concentrou os seus esforços na redução da dependência das importações de gás russo, que representavam 55% do total das importações em fevereiro e 26% em junho, de acordo com dados recentes do ministério dos Assuntos Económicos.
A retoma dos fornecimentos através do gasoduto Nord Stream na semana passada, após dez dias de interrupção, foi seguida na segunda-feira pelo anúncio do gigante russo do gás Gazprom de um corte drástico no serviço à Europa Ocidental.
O corte terá efeito a partir de 27 de julho, o que o Governo alemão diz não se dever a "razões técnicas".
"Tomámos nota do anúncio. Estamos a acompanhar a situação de muito perto, em estreito contacto com a Agência Federal de Redes e a equipa de crise do gás", de acordo com um comunicado emitido na segunda-feira pelo Ministério da Economia e Proteção Climática alemão.
"De acordo com as nossas informações, não existem razões técnicas para uma redução dos envios", acrescentou o comunicado do ministério.
Segundo a Gazprom, a nova redução deixará os fornecimentos via Nord Stream em 33 milhões de metros cúbicos por dia,
A Rússia está atualmente a fornecer apenas 40% das quantidades habituais de gás, porque aguarda a devolução de uma das suas turbinas Siemens, que foi bloqueada no Canadá devido às sanções impostas pelo Ocidente devido à campanha militar da Rússia na Ucrânia e que está atualmente a caminho.
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